Demissão de Rogério Ceni é correta, mas no momento errado
A decisão certa no momento errado. Assim eu defino a demissão de Rogério Ceni como técnico do São Paulo. O trabalho de 18 meses do técnico a frente do Tricolor é bem ruim, mas interromper em meio a uma sequência de jogos nos meses de abril e maio pode comprometer o restante da temporada.
A diretoria do São Paulo parece perdida e não se cansa de cometer equívocos. Houve dois outros momentos em que o trabalho de Ceni poderia ter sido interrompido sem comprometer a temporada: no final do ano passado após a perda do título da Copa Sul-americana, e na eliminação para o Água Santa nas quartas-de-final do Paulistão.
A demissão nesses momentos daria tempo para o próximo treinador conseguir impor sua metodologia de trabalho, mas a diretoria do São Paulo apostou alto. Logo após perder o título continental, decidiu não só por manter Ceni no comando, mas como realizar mais uma reformulação no elenco.
Sem dinheiro, o São Paulo contratou vários jogadores medianos indicados por Rogério Ceni e que não estão dando resultado dentro de campo. O péssimo futebol apresentado somado aos problemas na gestão vestiário foram fatores determinantes para a demissão.
O tempo joga contra o Tricolor Paulista. O novo técnico vai chegar com um elenco limitado, sem tempo para trabalho devido a sequência de jogos, e impedido de realizar contratação até a abertura da janela de transferências no mês de julho.
Os inúmeros equívocos da diretoria transformaram o São Paulo, que era o clube modelo do Brasil, em sério candidato ao rebaixamento. O torcedor tricolor tem motivos de sobra para ficar preocupado.
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