Decreto para detalhar ‘fase vermelha à risca’ em Marília sai neste sábado
Com a anúncio do prefeito Daniel Alonso (PSDB) de que as restrições previstas na fase vermelha do Plano São Paulo serão cumpridas integralmente, a expectativa agora é pelo decreto municipal – que regulamenta a adesão.
A experiência mostra que algumas diferenças, entre as regras previstas pelo Estado e a prática local, podem ter impactos para grande parte da população. Parte das diferenças são decorrentes da autonomia, ou mesmo da discordância entre autoridades estaduais e municipais.
Em sua manifestação nas redes sociais, o prefeito falou em “seguir à risca” a Fase Vermelha do Plano São Paulo. As restrições valem para Marília e os mais de 60 municípios que fazem parte da Direção Regional de Saúde (DRS-IX).
A previsão é que o decreto seja publicado neste sábado (16), no Diário Oficial do município. As novas normas, que impedem serviços, exceto os considerados essenciais, valem a partir de segunda-feira (18).
Conforme o Plano São Paulo não podem funcionar para atendimento ao público shoppings, galerias e congêneres; comércio em geral; serviços; restaurantes e similares; bares; salões de beleza e barbearias; academias; eventos, convenções e atividades culturais.
São consideradas essenciais atividades como farmácias, supermercados, padarias, açougues, postos de combustíveis, lavanderias, meios de transporte coletivo, lojas de materiais de construção, transportadoras e oficinas de veículos, atividades religiosas, bancos, pet shops, hotéis, pousadas e outros serviços de hotelaria.
Daniel Alonso pediu a compreensão e a colaboração de todos nesse momento complicado da pandemia que a cidade atravessa.
“É com muita tristeza e preocupação que vemos que a pandemia está se agravando não só em Marília mas praticamente em todo o mundo. Precisamos fazer a nossa parte e agir com muita responsabilidade”, disse.
O chefe do Executivo lembrou que, quando os números de Marília eram favoráveis, foi feita a flexibilização.
“Marília foi a primeira cidade a tomar medidas de combate à pandemia, estruturando a sua rede de saúde, criando o Comitê de Enfrentamento à Covid-19, fazendo fiscalizações, testagens, desinfecção de ruas e avenidas, entre outras medidas”, declarou.
Ainda segundo Daniel, no ano passado inteiro houve apenas um dia em que os leitos de UTI Covid tiveram mais de 80% de ocupação.
“Mas este ano a situação se agravou muito e a colaboração da população será fundamental para que possamos voltar a ter números confortáveis” declarou.
Alonso disse que a meta é salvar vidas. “Quando tínhamos condições de flexibilizar fizemos, porém o momento atual é desfavorável e temos que seguir à risca essa fase vermelha para que possamos melhorar nossos índices”, garantiu.
Acima da média
O Chefe do Executivo comparou Marília com outras cidades de médio e grande porte, para defender que o município é bem equipado em relação à rede de saúde.
“A nossa média é de 24,2 leitos de UTI a cada 100 mil pessoas, enquanto outras regiões estão bem abaixo, como a de Bauru que tem média de 11,80; Piracicaba de 12,70 e Presidente Prudente, com 12,20”, comparou.
O prefeito citou ainda Sorocaba (10,30 a cada 100 mil moradores) e Franca de 12,50. “A nossa média é praticamente o dobro de outras regiões e mesmo assim os leitos não têm sido suficientes. Por isso, é necessário que a população se conscientize e tome todos os cuidados necessários, além de evitar aglomerações”, apelou Alonso.