Daniel diz que população ‘extrapolou’ e cidade vai cumprir fase vermelha
O prefeito Daniel Alonso (PSDB) anunciou que Marília vai ‘seguir à risca’ as regras da fase vermelha do Plano São Paulo a partir de segunda-feira (18). Até a próxima reclassificação do governo estadual, só poderão funcionar atividades essenciais.
Há uma semana a região foi rebaixada da fase amarela para a laranja, mas muitas regras foram alteradas e apenas os bares acabaram proibidos de abrir, decisão que vinha sendo descumprida por empresários, população e Prefeitura. Nesta sexta-feira (15) o governador João Doria (PSDB) promoveu novo rebaixamento, desta vez para a fase mais restritiva do plano.
O município vem variando entre 90% e 100% de ocupação nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) reservados para Covid-19.
A situação resultou em transferência de pacientes para outras cidades em alguns momentos de lotação máxima. Segundo o Estado, a ocupação regional é de 83,2%.
“Não temos as mínimas condições de fazer concessões. Peço compreensão e colaboração de todos os empresários, funcionários e, principalmente, toda a população para seguirmos esse isolamento”, anunciou o prefeito no começo da tarde de hoje.
Para Daniel, grande parte da população ‘extrapolou’ e não respeitou as regras nas últimas semanas, gerando como consequência a atual situação. “Não vamos permitir mais abusos e desobediência”, disse, criticando aglomerações e festas clandestinas.
“Em outros tempos, quando tínhamos condições favoráveis, com ocupação de leitos abaixo de 40%, fizemos o enfrentamento, lutamos por nossa cidade, lutamos pela abertura das atividades econômicas. Agora, no entanto, a situação é outra”, relembrou o chefe do Executivo municipal.
O objetivo durante essa etapa de endurecimento das regras de combate à pandemia, segundo Daniel, é “fazer todos os esforços para conquistar mais leitos junto ao Estado”.
O secretário do Desenvolvimento Regional do Estado, Marcos Vinholi (PSDB), anunciou que a região deve ser contemplada com mais 25 leitos de UTI nos próximos dias. As cidades a serem beneficiadas não foram informadas.
Um dos problemas é a falta de infraestrutura em muitos hospitais, além da dificuldade para contratação de pessoal.
Como o Marília Notícia já mostrou, tanto o aumento de casos, quanto a ocupação de leitos no município já estavam em aceleração na primeira quinzena do mês passado, mas os dados mostram que as festas de fim de ano tornaram a situação local e regional insustentável.