Daniel Alonso gastou R$ 1,3 milhão com campanha de reeleição
A campanha de reeleição do prefeito Daniel Alonso (PSDB) custou R$ 1,3 milhão, de acordo com a prestação final de contas que teve o prazo encerrado nesta terça-feira (15). Cada um dos 55.060 votos recebidos por ele ‘custou’ R$ 24,20.
O tucano teve a campanha mais cara de acordo com os dados disponíveis no DivulgaCand, canal oficial da Justiça Eleitoral sobre informações dos candidatos.
A equipe de Camarinha (Podemos), segundo candidato mais votado, garante que a entrega final dos documentos de sua campanha foi feita no último dia do prazo.
No entanto, consulta feita nesta quarta-feira (16) pela reportagem, mostra que os dados oficiais ainda não estavam atualizados no DivulgaCand – por isso esta matéria não trará detalhes sobre a campanha do ex-prefeito e ex-deputado, o que ficará para o momento em que a atualização acontecer.
Em relação a Daniel, dos R$ 1,3 milhão recebidos por sua campanha, foram encaminhados pela direção nacional do Partido Liberal, parte de sua base de apoio, o total de R$ 670 mil.
Já o diretório nacional do PSDB destinou R$ 400 mil para a reeleição do tucano e a terceira maior fatia das doações, R$ 142,5 mil, saiu do bolso do próprio candidato.
Quanto às despesas contratadas, a maior parte foi para contratação de pessoal, R$ 483 mil. Na sequência dos maiores gastos constam materiais impressos (R$ 268,5 mil), despesas diversas (R$ 134,1 mil), publicidade para jornais e revistas (R$ 104 mil) e despesas com impulsionamento de conteúdo (R$ 90,3 mil).
Outros gastos expressivos da campanha vencedora envolvem alimentação (R$ 85 mil), combustíveis (R$ 52,6 mil), adesivos (R$ 30,1 mil) e materiais de expediente (R$ 18,8 mil).
Outros candidatos
Entre os candidatos à Prefeitura de Marília que entregaram a prestação de contas no prazo, segundo o DivulgaCand, consta Marcos Juliano (PRTB), o terceiro mais votado, com 8.464 votos.
Ele apresentou receitas de na ordem de R$ 76.752,68 e despesas contratadas e quitadas no mesmo valor. Com isso, cada voto dele ‘custou’ R$ 9.
O maior doador da campanha teria sido o próprio candidato, que desembolsou R$ 49 mil. O apoiador Marcelo Fernandes doou R$ 19 mil e o vice, Ricardo Paoliello, mais R$ 7 mil.
Já Professor Juvenal (PT) informou ter arrecadado R$ 96,9 mil e gasto R$ 56,7 mil. Com isso, cada um de seus 1.336 votos ‘custou’ R$ 42,4. Foi a campanha menos eficiente em transformar recursos financeiros em votos.
Adão Brito (PDT) informou ter recebido R$ 100 mil para sua campanha e ter gasto R$ 8,2 mil. Quer dizer que cada um dos 787 votos que ele recebeu ‘custou’ R$ 10,4.
Capitão Eliton (PV) declarou receitas de R$ 60,4 mil em sua campanha e gastos de 60,3 mil – quase a totalidade. Com 1.732 votos, cada um ‘custou’ R$ 34,8.
O Partido Social Liberal (PSL) trocou de candidato no meio do pleito. Na prestação de contas de Marcos Kholmann consta a arrecadação de R$ 20 mil e gasto de R$ 19,9 mil, mas ele acabou renunciando.
No lugar dele entrou na disputa pelo Executivo municipal Regiane Mellos (PSL), que apresentou a prestação de contas final no dia 10 de dezembro, sem qualquer valor declarado. Ela obteve 1.179 votos. Em tese o ‘custo’ de cada um foi de R$ 16,90, levando em conta a prestação de contas de Kholmann.
Segundo o DivulgaCand não fizeram a entrega final da prestação de contas Nayara Mazini (PSOL) e Lilian Miranda (PCO), que receberam respectivamente 5.498 e 122 votos.