Daniel acusa Taroco de ameaça em boletim de ocorrência
O prefeito Daniel Alonso (PSDB), candidato à reeleição, registrou um boletim de ocorrência nesta quarta-feira (11) em que acusa o candidato a vereador Cabo Taroco (Solidariedade) de ameaça e intimidação.
Daniel estava na avenida das Esmeraldas, zona Leste de Marília, por volta das 11h30, quando foi abordado por Taroco, que é policial militar e disputa uma vaga no Legislativo local em apoio ao candidato a prefeito Abelardo Camarinha (Podemos).
Taroco vem publicando em suas redes sociais nos últimos meses, vídeos com supostas denúncias contra a gestão tucana e com apoio a Camarinha. Nesta quarta-feira, ao interpelar Daniel Alonso, ele produzia mais uma dessas gravações.
Um dos problemas da abordagem, segundo Daniel, era que Taroco estava armado e alterado, o que o teria deixado “receoso”. Veja abaixo dois vídeos, um feito por Taroco e outro pela equipe de Daniel.
Boletim de ocorrência
“Hoje, depois de realizar uma live em rede social, à partir do Ecoponto na zona Sul, a vítima retornava pela avenida das Esmeraldas e parou o veículo para verificar a troca de iluminação que está acontecendo no local”, diz Daniel no BO.
“Foi abordado então pelo autor [Taroco], de forma abrupta, com perguntas a respeito de sua candidatura”, segue o prefeito no relato feito para a Polícia Civil.
“O autor [Taroco] estava armado, com um revólver na cintura e parecia bastante alterado. Aos berros interpelava a vítima, inclusive filmando sua ação”, consta no registro policial.
“A vítima ficou receosa, inclusive pelo fato do autor portar a arma de forma acintosa, em sua cintura, que podia ser vista por todos”, conclui o tucano.
Arma exposta
Fontes ouvidas pelo Marília Notícia indicam que não há nenhum impedimento legal para os policiais – afastados por motivos eleitorais – portarem arma de fogo.
A arma da corporação, inclusive, é mantida em poder do servidor da segurança, desde que não haja determinação contrária de seu comandante.
No entanto, não é permitida a nenhum policial à paisana, independentemente de estar trabalhando ou afastado das funções, a chamada “ostensividade” no porte da arma. Ou seja, o armamento não pode ficar aparente, visível, acarretando riscos ao próprio servidor e a terceiros.
A reportagem questionou a Polícia Militar por meio de assessoria de imprensa sobre o uso de arma de fogo por integrante da corporação fora de serviço. Também foi questionado se o caso será investigado internamente. Até o fechamento desta matéria não houve retorno, mas o espaço está aberto ao esclarecimento.
Outro lado
A equipe do Marília Notícia procurou Taroco para comentar o ocorrido e se manifestar sobre a acusação de ameaça que consta no boletim de ocorrência. No entanto, até o fechamento desta matéria não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação.