Daem publica aumento no preço da tarifa de água
O reajuste de 7,17% na tarifa de água em Marília passa a valer em junho, conforme publicação desta quarta-feira (17), no Diário Oficial do Município. O ato foi assinado pelo presidente do Daem, José Carlos de Souza Bastos, o “Beca”, e aprovado Conselho Deliberativo da autarquia.
O valor mínimo da tarifa residencial ficou fixado em R$ 14,44, enquanto para as categorias comercial, industrial, pública e outros fins econômicos ficou em R$ 40,53.
A tarifa mínima para as residências é de cinco metros cúbicos de água, o que equivale a cinco mil litros. Já nos demais casos, o mínimo considerado é de 15 mil litros.
De acordo com a dimensão do consumo, o cliente paga mais ou menos a cada mil litros utilizados.
Por exemplo, famílias que consomem entre seis e 15 mil litros de água por mês, pagarão R$ 1,70 – com os novos valores – a cada mil litros.
Já o consumo residencial de 16 mil até 30 mil litros, custa R$ 4,57 a cada mil litros. A tabela completa pode ser conferida acima.
São cinco faixas de valores diferentes praticadas na categoria residencial e outras quatro para as demais categorias. O presidente do Daem, Beca, explica que cada valor desses é cobrado especificamente dentro da faixa a que diz respeito.
“Assim, quem gasta 50 mil litros em casa, o que é um consumo alto, vai pagar R$ 1,70 a cada mil litros pelos primeiros 15 mil. Entre os 16 mil e 30 mil litros consumidos serão cobrados R$ 4,57 a cada mil litros. Depois dos 31 mil litros consumidos, o valor cobrado será de R$ 6,16”, detalha Beca.
Ou seja, quem gasta mais de 100 mil litros no caso dos imóveis residenciais, não terá que pagar R$ 8,52 a cada mil litros consumidos desde o início da contagem.
Esse valor só será cobrado pelos litros consumidos depois da marca dos 100 mil. Antes, portanto, prevalecem os preços de cada patamar que antecede.
Os clientes ainda precisam pagar o custo do afastamento do esgoto. O cálculo é de 50% em cima do consumo de água. As mesmas regras valem para todas as categorias.
Justificativa
O reajuste de 7,17% foi acertado em reunião do Conselho Deliberativo do Daem na última segunda-feira (15). De acordo com Beca, o grupo não se reunia desde 2015 e a tarifa estava congelada.
“Algumas coisas subiram 33% nesse período e o valor cobrado pelo Daem ficou no mesmo patamar. Tudo subiu, não podíamos deixar passar mais um ano. Mas decidimos por colocar somente o IGP do ano passado, para não pesar muito”, disse Beca.
IGP é o Índice Geral de Preços, índice que serve como indicador macroeconômico que representa a evolução do nível de preços. Ele é usado como referência para a correção de preços e valores contratuais.
De acordo com Beca, são 85 mil ligações em Marília e 82% ficam entre a tarifa mínima e as primeiras faixas de consumo. Os que consomem mais de 100 mil litros por mês seriam apenas 5% dos clientes.
O presidente do Daem diz ainda que são quase 10 mil ligações com valor social – onde é dado desconto de 50%.
Atualmente o Daem tem dívidas na ordem de R$ 20 milhões.