Corpo de entregador assassinado é localizado
A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) localizou o corpo do entregador de marmitas Éder Batista da Silva, de 28 anos, assassinado a marretadas ontem (1) na zona oeste de Marília.
O corpo foi localizado na manhã desta quinta-feira (2), enterrado em um matagal na zona rural de Jafa, distrito da vizinha Garça (35 quilômetros de Marília).
Um dos participantes do crime, um rapaz identificado até o momento apenas como Maycon, e que estava detido desde ontem, indicou o local onde a vítima foi deixada.
De acordo com o delegado Valdir Tramontini, o tio de Maycon também participou do crime. O homem foi identificado apenas como “Carlão” e é procurado.
Na noite de ontem as buscas pelo corpo foram interrompidas pela falta de luz natural e fortes chuvas. Na ocasião, já haviam sido encontrados o capacete da vítima e embalagem de marmita na região onde o cadáver estava.
A motivação seria que Carlão estaria devendo cerca de R$ 2 mil para a vítima, que vinha cobrando a quantia. O autor que está sendo procurado chamou seu sobrinho para resolver a questão.
Os assassinos teriam encomendado um marmitex para entrega no local do crime, uma casa em obras no bairro Vila D’Itália. Ali, Carlão teria se escondido atrás de uma parede com a marreta utilizada no crime.
Muita quantidade de sangue foi encontrada na casa. Havia manchas vermelhas por todo o chão e até no teto do imóvel.
A dupla é acusada de homicídio triplamente qualificado, por conta de motivo torpe, emboscada e meio cruel, além de ocultação de cadáver.
Entenda
Na quarta, por volta das 13h, um Boletim de Ocorrência de desaparecimento de pessoa foi registrado no plantão policial.
Segundo informações, policiais militares foram acionados pouco depois devido ao abandono de uma motocicleta Honda CG Titan, que era da vítima, na rua Doutor Joaquim de Abreu Sampaio Vidal. O veículo estava com a chave na ignição e documentos.
Em seguida, após denúncia, os policiais foram até uma casa na rua José Martins. A residência onde ocorreu o crime possui embargo judicial. O proprietário disse que encontrou uma poça de sangue e respingos nas paredes.
Na ocasião os policiais encontraram também a marreta utilizada no crime e um moletom de cor vermelha jogado nas proximidades da piscina.
Existiam indícios de que um carro havia entrado no imóvel através do portão da garagem, onde havia marcas de pneu e sangue.
A esposa da vítima foi procurada – a moto encontrada abandonada seria da mulher – e ela disse que estava tentando falar com seu marido pelo celular há algum tempo e não conseguia.
Ela disse ainda que na marmitaria onde ele trabalhava foi dada a informação de que seu marido saiu para fazer uma entrega e não havia retornado. O local da entrega teria sido justamente a casa onde aconteceu o crime.
A mulher e seu sogro se dirigiram até o imóvel e reconheceram a moto. O moletom encontrado no local, segundo a esposa, seria de “Carlão”, que foi indicado como construtor e teria desavenças com seu marido.
Segundo a esposa, Carlão pegava empréstimos com seu marido constantemente. Uma parcela estava em atraso e um cheque de terceiro havia sido entregue para a vítima recentemente.
A mulher de Éder teria sido informada pelo dono do imóvel onde o homicídio foi cometido, de que um dos pedreiros que trabalhava no local – e inclusive tinha as chaves da residência – era conhecido como Carlão.
Câmeras de segurança nas proximidades filmaram a moto passando pelo local, mas uma árvore cobriu seu estacionamento. Também foi flagrada a presença de um Volkswagen Gol de cor prata na via. A mulher disse que poderia ser exatamente um carro que havia sido oferecido como pagamento da dívida.
Vizinhos teriam dito que ouviram muitos gritos no imóvel e depois de alguns momentos houve silêncio total.
A esposa de Éder disse ainda que seu marido já havia sido ameaçado de morte por Carlão por conta de um cheque dado como garantia pela dívida.
A DIG afirma que o corpo foi levado com um carro até Jafa. O crime estaria todo esclarecido e o advogado de Carlão já teria demonstrado a intenção de apresentar seu cliente. O Marília Notícia acompanha o caso.