Coronavírus pode atrapalhar produção de iPhone
O plano da Apple de aumentar a produção do iPhone em 10% no primeiro semestre deste ano pode ter um obstáculo no caminho, à medida que o surto de coronavírus se espalha pela China, informou o jornal Nikkei Asian Review na terça-feira, 28.
A empresa pediu a seus fornecedores, muitos dos quais possuem centros de fabricação na China, que produzissem até 80 milhões de iPhones no primeiro semestre de 2020, informou o Nikkei, citando pessoas familiarizadas com os planos da empresa.
Até agora, o surto de coronavírus matou mais de 100 pessoas e infectou mais de 4,5 mil na China, deixando dezenas de milhões sem poder viajar durante o feriado do Ano Novo Lunar e abalando os mercados globais.
As ações da Apple subiram cerca de 86% em 2019, superando uma alta de 29% no índice S&P 500. As ações da companhia fecharam em queda de quase 3%, a US$ 308,95 na segunda-feira, 27, com temores de que o coronavírus derrube ações de chips e tecnologia dos EUA.
Em outubro passado, o Nikkei informou que a Apple pediu a seus fornecedores que aumentassem a produção de modelos do iPhone 11 em até 8 milhões de unidades, ou cerca de 10%, sugerindo que a demanda pelas versões lançadas recentemente de seu smartphone principal estava aumentando.
A Apple não respondeu a um pedido de comentários da Reuters. Na terça, A Apple que teve a maior receita trimestral de sua história no final de 2019. A companhia faturou US$ 91,8 bilhões, puxada pelo bom desempenho nas vendas de iPhones e de dispositivos vestíveis, como o relógio inteligente Apple Watch e os fones de ouvido sem fio AirPods.
Impacto nas operações
Após a divulgação do balanço financeiro, Tim Cook, presidente-executivo da Apple, revelou que o vírus está impactando as operações da empresa na China. A companhia está restringindo viagens de funcionários e fechou uma loja no país. Além disso, outras lojas estariam com horários de operação restritos. O executivo disse que varejistas de lojas fechadas também devem ter impacto nas vendas de iPhone.
Em relação à produção, Cook disse que a companhia tem fornecedores na região de Wuhan e que suas fábricas no país ficarão fechadas até 10 de fevereiro, seguindo recomendação do governo local.