Coraíni pede arquivamento de processo contra vereadora Daniela
O vereador Mário Coraíni Júnior (PTB), relator da comissão processante contra a vereadora Professora Daniela (PL), apresentou seu voto na manhã desta segunda-feira (28) sobre o pedido de cassação da parlamentar, por suposta quebra de decoro.
Coraíni, que é candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Marcos Juliano (PRTB), pediu o arquivamento da comissão processante. A decisão final, no entanto, cabe ao plenário do Legislativo, que deve discutir a questão somente na semana que vem.
O processo foi aberto contra Daniela após o chamado ‘escândalo da carteirada’. A parlamentar ligou para a comandante da Polícia Militar em Marília, a tenente-coronel Márcia Cristina Cristal, durante a apreensão de um carro que era conduzido por sua filha, mas em nome da própria vereadora.
O veículo foi apreendido pelo policial Alan Fabrício Ferreira, que apontou vencimento do licenciamento e a ocorrência de ‘pneus carecas’. Um áudio vazado mostrou Cristal ligando para ele com ameaças e humilhações durante a apreensão.
A vereadora Daniela alega que o carro estava com licenciamento vencido há menos de um mês, o que impediria a apreensão, e apresentou um laudo que mostra os pneus em condições de rodagem.
A parlamentar também disse que ligou para Cristal meramente para pedir uma orientação sobre como proceder no caso.
Coraíni apontou que não existem provas de quebra de decoro e que as ações envolvendo especificamente os policiais devem ser discutidas pela própria corporação.
“Em nenhum momento a acusada pediu ou requereu intervenção ilegal usando o cargo de vereadora. Tão somente solicitou informações sobre como deveria proceder diante da situação de momento enfrentada”, escreveu Coraíni.
“Não se encontra qualquer menção do uso do cargo de vereadora, não se caracterizando quebra de decoro”, completou o relator.
Também fazem parte da Comissão Processante os vereadores João do Bar (PP), que acompanhou o voto do relator, e Albuquerque (PSDB), que se posicionou pela continuidade do processo e disse ver quebra de decoro e tráfico de influência nas ações de Daniela.