Consumidores bem resolvidos com o Uno vão sentir saudade
O Uno preto, ano 1994, é o quarto carro que o carpinteiro mariliense Douglas Camargo da Silva, de 22 anos, teve desde que começou e dirigir.
É o segundo do mesmo modelo. A notícia de que a Fiat resolveu aposentar a série – já revitalizada na versão Vivace – causou certo espanto.
Quem gosta da economia que o compacto proporciona está, como Douglas, surpreso com a decisão da montadora italiana e nem um pouco incomodado em andar com um carro fora de linha.
“É econômico, me leva para todo lugar, resolve o que precisa resolver em termos de locomoção. A mecânica dele é barata. Quando for trocar, vai ser por um Uno mais novo”, afirma.
No Brasil desde 1984, o modelo caiu no gosto (e no bolso) do consumidor brasileiro. Carro para jovens… Para idosos… Primeiro carro… Carro para quem já cansou de gastar dinheiro com manutenção e deseja um transporte básico.
O velho “uninho” só ficou em baixa quando o país teve a ilusão do enriquecimento, durante a década de 2010, momento em que as exigências em relação ao desempenho e tecnologias começaram a invadir as concessionárias já nos modelos de entrada. Foi aí que a expressão carro popular acabou, praticamente, sem nenhum sentido.
Em 37 anos de história no Brasil, o Uno somou 4.379.356 unidades produzidas na fábrica de Betim (MG), de agosto de 1984 a dezembro de 2021.
O Fiat Uno teve apenas duas gerações. A primeira com desenho assinado pelo italiano Giorgetto Giugiaro inovou pelas dimensões e as linhas retas. A desconfiança em função do seu antecessor, o Fiat 147, logo acabaram e o carro foi amplamente aceito.
Em 2010, a montadora lançou o Novo Uno, que teve diversas estilizações, preservando o Mille entre as opções. Por fim, a Fiat anunciou no mês passado a série especial Ciao, que significa adeus, em alusão ao encerramento da produção do modelo.
O Uno Ciao conta com um grande pacote de equipamentos. Há plaqueta numerada em cada uma das 250 unidades. Computador de bordo e sistema de som com bluetooth e porta USB fazem parte da lista de facilidades, que evidentemente, custam, proporcionalmente, muito mais que todos os velhos primos da montadora italiana.
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