Comus volta a cobrar atenção para a área da saúde mental
A ata da reunião realizada pelo Conselho Municipal da Saúde (Comus) na segunda-feira (19) traz novas cobranças ao Poder Público para a situação da saúde mental em Marília.
No final de outubro, a entidade deliberativa já havia apontado que os funcionários dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) estariam trabalhando com sobrecarga e pedia a contratação de novos profissionais.
Desta vez, a recomendação foi para a contratação de mais especialistas da área da saúde mental para a população em geral, nas unidades de saúde do município.
“Contratação com extrema urgência para a saúde mental de cinco psiquiatras, quatro psicólogos, catorze fisioterapeutas, e seis terapeutas ocupacionais para atendimento nas unidades de saúde, para que se possa conter o alto índice de suicídio que está ocorrendo no município de Marília como ocorreu no dia 19 [última segunda-feira], com dois casos em menos de 5h. Inaceitável”, diz trecho da ata publicada.
Também é recomendada a reativação urgente do Fórum da Saúde Mental para articulação com toda a Rede de Atenção Psicossocial (Raps). A regularização do quadro de funcionários do Caps foi cobrada novamente.
OUTRAS DEMANDAS
Entre as outras demandas apontadas na reunião estão a contratação junto aos prestadores de consultas de especialidades “para zerar as filas gigantescas represadas, principalmente: Ortopedia, Neurologia, Oftalmologia em várias especialidades, Reumatologia, Ginecologia especializada Pediatria, Odontologia, bem como exames de imagem e laboratoriais mais complexos” e a reforma de alguns postos de saúde.
Segundo o Comus, algumas unidades estariam em péssimo estado de conservação, colocando em risco os pacientes e funcionários.
O Conselho alerta que o posto do bairro Jóquei Clube requer urgência, mas também cobra as reformas das unidades dos distritos de Avencas, Dirceu, Amadeu Amaral, Fazenda do Estado e Rosália – além das dos bairros Chico Mendes, Nova Marília, Planalto, USF Altaneira, USF Bandeirantes e UBS Castelo Branco.
Também é solicitada a regularização urgente no fornecimento de medicamentos, alimentos nutricionais aos pacientes, fraldas e materiais de enfermagem. Sobre essa questão, o MN inclusive ouviu uma moradora que aguarda fraldas geriátricas para a mãe acamada há dois meses.
SAE
Outro ponto bastante explorado pelos integrantes do Conselho foi a necessidade de melhorias no prédio dos Serviços de Assistência Especializada (SAE).
O Comus solicitou a mudança de local ou reforma imediata do prédio, para que possa ser efetivado o retorno da Farmácia. Também pede a limpeza de entulho nos corredores, a capinação em todos os espaços da unidade – que estaria com mato alto -, a retirada de matérias inservíveis e o conserto de vazamentos, “das paredes ao teto, muita umidade, bolor e mofo.”
É recomendada ainda a pintura de toda a unidade, revisão da parte elétrica e ventilação, que sejam providenciados banheiros adequados, “separando masculino e feminino, que sejam adaptados para pessoas com deficiência e com fraldário para que as mães possam utilizar na higiene de seus filhos”, e a contratação de mais médicos.