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26, mar / 2025, 18:26h Boa noite
O Conselho Municipal de Saúde (Comus) reprovou o Relatório Anual de Gestão (RAG) de 2024 da Prefeitura de Marília, último ano da gestão do prefeito Daniel Alonso (PL), antecessor do atual chefe do Executivo, Vinicius Camarinha (PSDB).
O parecer completo aprovado pelo plenário do conselho foi divulgado na edição desta terça-feira (25) no Diário Oficial do Município de Marília (Domm). O conselho é composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais e usuários do serviço.
O documento diz que a gestão municipal da Saúde “acarretou danos irreparáveis para o segundo semestre de 2024” e que já encaminhou sua decisão ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).
PROBLEMAS
O parecer lista áreas afetadas diretamente por problemas não resolvidos pela gestão no ano passado. O Comus classifica a atenção básica como “desestruturada” e cita instalações físicas “precárias”, além da falta de médicos.
“A população não está sendo acolhida como preconiza o Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, acaba não tendo atendimento digno na porta de entrada, causando danos à saúde dos usuários e lotando a urgência e emergência”, diz o conselho.
O Comus ainda reprova as terceirizações do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e da aquisição de remédios sem sua prévia avaliação, critica o transporte de pacientes e o atraso no pagamento de prestadores de serviço.
SOLUÇÕES
A nova administração municipal já tem tomado providências quanto aos apontamentos feitos pelo Comus. Ainda em janeiro, anunciou programa para recuperar todas as unidades de saúde em condições precárias.
Da mesma forma, neste mês, Vinicius incluiu o Pronto Atendimento (PA) da zona sul e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da zona norte em ação de investimento e melhorias de estrutura, com contratação de mais médicos.
O novo governo também já determinou a locação de ambulâncias para transporte intermunicipal de pacientes. Quanto ao Samu, a Prefeitura priorizou o pagamento de terceirização para que o serviço não fosse suspenso.