Comércio honesto: consumidor determina preço do produto
Por fora, parece mesmo uma casa. Um lugar aconchegante em que você não se intimida a entrar. Os visitantes são sempre recebidos com sorrisos e com prateleiras cheias de produtos orgânicos vindos de vários cantos do Brasil.
O Instituto Chão surgiu com uma proposta de aliar o consumo consciente em uma área de convivência. Trata-se de uma associação sem fins lucrativos que vende seus produtos pelo preço de custo direto do produtor. “Não temos o objetivo de gerar renda com essa venda”, explica Fábio Mendes, de 30 anos, um dos um dos associados do Chão.
Por lá você encontra uma variedade de hortifrútis, chocolates, patês, queijos, mel, farinha, óleos, bebidas e itens como sabão de babaçu da central do Cerrado (DF), café do sul de Minas Gerais e repelente do Pará. Há também plantas de espécies frutíferas e nativas, além de objetos de cerâmica vindos de Cunha (SP).
A lógica do espaço não é competir, como salienta Mendes, mas o preço mais barato é evidente e chama a atenção. Um pé de alface numa grande rede vai custar de R$ 3 a R$ 4, 50. No Instituto Chão você compra por R$ 1,50 ou R$ 2.
Não gerar lucro, tampouco competir, é a chave desse negócio. “A lógica da oferta e da demanda funciona ao contrário aqui: quanto mais gente estiver comprando, mais barato vai ficar, porque a logística fica mais fácil para os produtores chegarem ao local e os custos fixos em relação ao faturamento vão ficando cada vez menores”, esquematiza o sócio.
Gostou e ficou afim de conhecer? O Instituto Chão está na Rua Harmonia, número 123, na Vila Madalena, e funciona de terça a sábado, das 10h às 20h.
Fonte: Catraca Livre