Com trégua na crise, prefeito Daniel visa 2022 de realizações
Esquecer 2021 – com crise na saúde, na política e na economia – pode não ser uma boa ideia para começar um novo ano. Foi durante as adversidades históricas sem precedentes que pessoas, instituições, cidades e visões passaram por uma verdadeira prova de fogo.
Para o prefeito de Marília, o empresário Daniel Alonso (PSDB) – reeleito em 2020 -, as lições foram muitas e Marília tem motivos para acreditar que 2022 será um ano de conquistas. O chefe do Executivo garante acompanhar, com o assessoramento técnico da saúde, a evolução da pandemia. O empresário está otimista.
“Essa doença [Covid-19] exigiu muito da nossa energia. Nos meses de pico, foi um esforço sobre-humano. Vencida essa etapa, principalmente em função da vacinação, Marília saiu na frente, tem uma ampla cobertura vacinal. A cidade não parou e já planejamos 2022”, afirma Alonso.
VACINAÇÃO
Marília tem 82% de cobertura em primeira dose, se considerada a população total. Se observados apenas os grupos já com acesso ao imunizante (a partir de 12 anos), a abrangência fica próxima a 95% dos moradores.
O reforço em terceira dose – que exige intervalo de quatro meses – já chegou a 30% da população público-alvo da campanha.
“Intensificamos testagens, um cuidado que tomamos desde o início, com a central de monitoramento, com o Comitê [gestor da crise], os protocolos, as fiscalizações, o trabalho de contenção, para que pudéssemos, ao mesmo tempo, combater a pandemia e cuidar dos demais serviços essenciais”, defende Daniel.
AÇÕES DE GOVERNO
O prefeito destaca a nova experiência do ensino remoto, a distribuição de kits de alimentação, retomada gradual do ensino presencial no segundo semestre, entrega do material didático, brinquedos e reformas nas escolas, jogos e uniformes.
“O trabalho não parou. Tivemos reformas nas escolas, muitas obras pela cidade, atenção especial para a Assistência Social e Direitos Humanos. Conquistamos importantes parceiras com o Governo do Estado e também fizemos o dever de casa, com a inédita apresentação do Plano de Metas de Governo”, cita Alonso, em menção ao compromisso com o Conselho de Desenvolvimento de Marília (Codem), convertido em lei municipal.
OBRAS
O desafiador 2021 terminou com reconhecimentos, como o certificado Município Agro e a primeira posição no Prêmio Melhores Resultados – entre as cidades com mais de 100 mil habitantes –, no programa Parcerias Municipais 2021.
Mas além de realização, 2021 também foi ano de planejamento. Por isso, em 2022 – segundo ano do mandato 2021/2024 –, a cidade deve dar sequência e “startar” série de obras estruturais para alavancar a mobilidade urbana e o desenvolvimento tecnológico, essenciais para gerar empregos.
“Fizemos 300 mil m² de asfalto e tapa-buracos; vamos dobrar esse ano. A iluminação da cidade, até o final de 2022, vamos trocar 100% para sistema LED, que economiza energia. O projeto do Parque Tecnológico está pronto e estamos buscando novos recursos para licitar”, garante Alonso.
PARQUE TECNOLÓGICO
O projeto de Marília, segundo o prefeito, não se restringe a um distrito empresarial voltado para tecnologia, com risco de subutilização. O empresário afirma que a iniciativa é consistente, por isso, demanda recursos da ordem de pelo menos R$ 30 milhões.
A ideia é construir um Centro Administrativo em área localizada em Lácio, onde os serviços públicos municipais sejam o núcleo do Parque Tecnológico.
Assim, os serviços públicos e, por consequência, a população, poderiam se beneficiar do avizinhamento de um aglomerado formatado pelos conceitos de economia sustentável, conectada e inteligente. “A ideia é que possamos usar todo esse potencial do Parque para modernizar a nossa cidade”, destaca Daniel.
A intenção, segundo o prefeito, é garantir parceiras para licitar e iniciar as obras de infraestrutura do local – primeira etapa de execução – já em 2022.
USINA FOTOVOLTAICA
Daniel não especifica números, mas afirma que será possível construir, ainda neste mandato, uma usina fotovoltaica para geração de energia, visando atender prédios públicos da Prefeitura de Marília e também o Parque de Iluminação Pública da cidade.
“Vamos fazer com o recurso que estamos economizando com a troca da iluminação”, garante o chefe do Executivo. O projeto, conforme o empresário, deve começar a ser executado em uma área de três alqueires (equivalente a 75 mil m²), superior a nove campos de futebol, na saída para Assis.
MEIO AMBIENTE
A cidade segue executando, conforme o chefe do Executivo, a construção do sistema de emissários que coleta e direciona os efluentes para as três estações de tratamento de esgoto (ETEs), construídas durante a primeira gestão.
As unidades Barbosa e Pombo, segundo Daniel, já recebem 80% do esgoto de seus territórios – que compreendem, respectivamente, zona Sul e Oeste. Ambas processam parte dos rejeitos dos bairros centrais, de acordo com a topografia de cada região.
Já a estação Palmital, a última a ser entregue, tem menor número de emissários concluídos. A unidade – maior das três ETEs – ainda opera com 30% dos efluentes da área de abrangência (zona Norte, Leste e parte do Centro).
“É gradativo. Esse percentual está aumentando a cada dia, conforme vamos avançando com as obras. Agora mesmo [recentemente], a Câmara aprovou dotação para uma emenda parlamentar de R$ 1,5 milhão, que é recurso para investimento nestas ligações. Estamos avançando. E tem outra coisa, a cidade cresce muito e esse trabalho não vai mais parar”, destaca Daniel.
O município também espera melhoria – com redução dos custos econômicos e ambientais – com a inauguração de um aterro sanitário próximo ao trevo de acesso à vicinal de Oscar Bressane, às margens da rodovia Rachid Rayes (SP-333), que liga Marília a Assis.
“Embora seja uma obra privada, será o primeiro aterro sanitário licenciado em Marília. Hoje o resíduo sólido daqui é transportado para Quatá, o que gera um custo muito maior para o município”, explica o empresário.
CONVIVÊNCIA E LAZER
Conforme já mostrou o Marília Notícia, é motivo de constrangimento para a Administração Daniel Alonso a não conclusão da praça Maria Izabel, em frente à matriz de São Bento.
O prefeito não estabelece prazo, sobretudo depois que a obra – com recursos de financiamento e aporte do próprio tesouro – emperrou, mas garante que a praça terá fonte, como projetado inicialmente e vai ser entregue em breve.
“Nessa pandemia ficou ainda mais evidente a importância destes espaços de convívio familiar. Ali é uma intervenção urbana que envolve toda aquela região. Uma revitalização que vai valorizar todo Centro da cidade”, afirma.
O mariliense também terá, segundo o prefeito, acesso a 100% do Estádio Municipal Bento de Abreu Sampaio Vidal. A Prefeitura executa o projeto de combate a incêndio para a obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), o que contempla inúmeras melhorias na praça esportiva.
JOGO POLÍTICO
Alonso foi questionado sobre o risco de desaceleração de obras no segundo semestre, devido às eleições para cargos majoritários (presidente, governador) e legislativo estadual e federal.
“A gente tem que ter habilidade. Em primeiro lugar está a representação da cidade. O que é melhor para Marília, sem deixar que a política atrapalhe”, garante.
Daniel lembra que posições de embate, por exemplo, com o Governo do Estado no período mais controverso da pandemia, com a questão da abertura do comércio, não foi empecilho para que o trabalho realizado como gestor fosse reconhecido pelos resultados obtidos.
Marília, de acordo com o chefe do Executivo, tem trânsito em todas as esferas. “Nos relacionamos com o governador, temos acesso a todos os Ministérios em Brasília. Isso não vai mudar. No período da eleição, o palanque é montado, mas é preciso ter jogo de cintura. A cidade não vai parar”, promete.
No terreno político doméstico, Daniel diz gostar da expressão “em time que está ganhando não se mexe”, mas que sempre “coloca na balança” todo o trabalho apresentado pela equipe do governo.
O empresário não fala em reforma do secretariado, mas não nega mudanças. “Temos conversado, feito reuniões. Compromissos foram assumidos, inclusive no nosso Plano de Metas aprovado. Se [o secretário] não estiver entregando… É uma questão de melhoria. Se for preciso, mexemos, sim”, pontua.
Com mais experiência política, Alonso diz que não tem se incomodado com movimentos da oposição política. Ele afirma que “não pode admitir ruídos sem fundamento” e que “denúncia grave é para ser levada aos órgãos competentes”.
“Se tem prova, eu sou o primeiro a mandar investigar. Tem denúncia grave? Coloca no papel, manda para a Polícia Civil, para o Ministério Público. O que não dá para admitir é o uso da tribuna na Câmara para criação de fatos, para a imprensa orquestrada ficar repercutindo” desabafa.
Se o segundo mandato de Daniel terá, ou não, mais realizações que o primeiro, ainda é incerto. Fato é que o segundo período no poder teve 12 meses de solavancos provocados por crises combinadas.
O empresário garante que pretende usar a expertise de administrar na crise, para entregar mais resultados, em tempos de menor turbulência.
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