Com chuvas insuficientes, Cascata entra no ‘volume morto’
Manancial que já ocupou protagonismo na captação de água em Marília, a represa Cascata é a face visível – na cidade – de uma crise hídrica que tem assolado parte do país. O reservatório natural está pelo menos 5,5 metros abaixo do nível esperado para essa época do ano.
Com o baixo nível, a represa já está tendo água captada no chamado “volume morto”, nível em que geralmente não ocorria captação.
Depois de um inverno mais seco que a média histórica, a primavera trouxe expectativas que não se consolidaram. Outubro teve volumes insuficientes para recuperar as nascentes. A soma das chuvas em 30 dias atingiu 60 milímetros, ou seja, menos da metade da média para o mês, que é de 135 milímetros.
Para complicar ainda mais a situação e sobrecarga no sistema, uma bomba no poço profundo Guarani, que funciona ao lado da Cascata, queimou nesta terça-feira (10), o que pode causar desabastecimento na zona Leste de Marília.
Operando normalmente, o Sistema Cascata tem vazão de 400m³ de água por hora. A captação é direcionada para a Estação de Tratamento de Água (ETA) Cascata, localizada na avenida Vicente Ferreira, com reservatório com capacidade para até 1.800m³.
É o primeiro sistema de abastecimento da cidade e ainda é responsável por cerca de 20% do abastecimento do município, segundo o Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem).