Com atitude, morador ajuda a mudar realidade em praças públicas
Entre as opções de apenas reclamar ou colocar a mão na massa para fazer a diferença, o locutor de loja Robison Luiz Pereira, morador no Jardim Maracá, zona Norte de Marília, não pensa duas vezes. Ele idealizou e lidera o Projeto Praça Limpa, com apoio de outros voluntários.
Com uma roçadeira, algumas horas de tempo livre e disposição, ele ajuda a conservar praças, pequenos canteiros e calçadas, onde passageiros aguardam ônibus e outros espaços coletivos.
“Moro em uma região com muita área verde, praças, áreas públicas. Então, decidi tomar uma atitude, porque não adianta só ficar criticando. Vou fazendo de forma voluntária, devagar, em locais pequenos, como eu posso. O resultado aparece”, diz.
Pereira afirma que a Prefeitura tem grande demanda, por isso, demora para voltar à mesma área. É comum pessoas apontarem que seu bairro está negligenciado. Mas, com pouco tempo dedicado e articulação entre os próprios moradores, é possível fazer mudar a realidade.
“Não é que o Poder Público não faça, mas são muitos locais para tomar conta. Então, demora a voltar numa área. Se podemos fazer algo, por que não?”, questiona o locutor.
O trabalho feito por Robison é divulgado em uma rede social. As publicações motivam algumas indicações de locais para intervenção. Mas ele só ativa a roçadeira quando os próprios moradores do entorno se mobilizam e fazem parte.
“Quando me chamam, eu sempre aviso que precisam se mobilizar. Enquanto eu vou roçando, tem que ter alguém rastelando, outro ensacando. O resultado sai rápido, o lugar fica bonito, porque o nosso trabalho foca em áreas pequenas, mas é preciso que seja uma parceria”, diz.
Em alguns casos, o locutor conta que recebeu doações de recursos para compra de combustíveis, mas descarta pessoas que só querem reclamar. Ele também não pode levar o Projeto Praça Limpa para longe da região onde mora.
“Tem gente que não pode [não tem tempo], entendo, mas participa com um combustível para a roçadeira. O que não dá é para me ligar e ficar só reclamando ou querer que a gente faça sozinho”, afirma.
Robison Pereira doa até duas horas, no mesmo dia. “Não posso ir para longe do meu bairro, porque eu entro às 10h no trabalho. Então, às vezes começo sete horas da manhã, às 8h, no máximo”, conta.
A visão dele é que, com pouco esforço, é possível fazer a diferença. “É o meu bairro. Se esse lugar melhora, fica mais valorizado, minha casa é valorizada. Se o lugar fica pior, é minha casa que vai ser desvalorizada. Acho que é uma questão de proatividade, ao invés de apenas reclamação” constata.
Contatos com Robison, para parcerias do Projeto Praça Limpa, podem ser feitos pelo telefone (14) 9 9905-8833 [clique aqui para iniciar uma conversa].
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