Civil conclui inquérito contra Nascimento e envia documento ao MP
A Polícia Civil de Marília concluiu na última sexta-feira (29) o inquérito instaurado para investigar suposta extorsão praticada pelo vereador Eduardo Nascimento (PSDB). Agora, o caso deve ser encaminhado – com todas as provas e depoimentos coletados – ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), órgão responsável por indiciar ou não o parlamentar pelo crime.
As investigações foram abertas pela Polícia Civil no dia 6 de dezembro depois de denúncia apresentada pelo prefeito Daniel Alonso (PSDB), que teria sido o alvo da chantagem.
Na queixa, o chefe do Executivo aponta que o parlamentar teria pedido R$ 230 mil – a um assessor de confiança – em troca de apoio político dentro do Legislativo.
Durante a apuração, o prazo para conclusão foi prorrogado por duas vezes. Além de documentos e depoimentos, a Polícia Civil solicitou ainda a quebra de sigilo telefônico dos aparelhos do acusado e do assessor citado.
Na mesma denúncia, o delegado responsável pelo caso, Mário Furlaneto Neto, apurou suposta central para a disseminação de notícias falsas. Neste caso, foram investigados o também vereador Júnior Féfin, professor Marcelo Fernandes, ex-secretário Hélcio Freire do Carmo e Giroto Filho.
Além da suposta exigência em troca do apoio político, Nascimento teria ainda praticado tráfico de influência e divulgação de informação sigilosa.
Durante a apuração, foram colhidos depoimentos da corregedora Valquíria Galo Febrônio Alves, dos advogados Alexandre Sala e Alysson Alex, do jornalista Carlos Teixeira, de Ronaldo Machado, do prefeito e do parlamentar acusado.
Caso o Ministério Público decida formalizar uma acusação, o processo será analisado pela juíza Josiane Patricia Cabrini Martins Machado, da 1ª Vara Criminal de Marília.
No depoimento à Polícia Civil, o vereador diz que os prints do aplicativo de mensagens seriam montagem “toscamente” feita para prejudicá-lo. Todos os citados negaram as acusações durante as oitivas.
Ao Marília Noticia, Nascimento diz que “quem tem de se manifestar agora é o Ministério Público e o juiz.”