Cidade símbolo de amor e liberdade: Marília completa 86 anos
A cidade símbolo de amor e liberdade completa 86 anos de vida neste 4 de abril de 2015. A Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria da Cultura, programou as festividades, com início às 8h, com o hasteamento das bandeiras no Paço Municipal.
Na sequência, a Banda Marcial Cidade de Marília, executará o Hino Nacional e os corais “Pequeno Cidadão” e “Anos Dourados”, da Secretaria Municipal de Assistência Social, irão cantar o Hino de Marília. Logo depois, às 9h, acontece o tradicional desfile cívico-militar na Avenida Sampaio Vidal.
Durante o desfile haverá distribuição de bexigas e bandeirinhas na Avenida e, após distribuição de bolo gelado e coca-cola, em um estande que será montado no Paço Municipal, em parceria com a empresa Coca- Cola Femsa.
Dentro da programação de aniversário da cidade, haverá também no dia 4 de abril, o Encontro de Paraquedismo Cidade de Marília, com aviões acrobáticos e paraquedismo, no Aeroporto Estadual “Frank Miloye Milenkowichi”, das 13h às 18h. No aeroporto haverá brinquedos infláveis, cama elástica e distribuição de pipoca e algodão doce para as crianças. Tudo gratuito.
CIDADE ATUAL
Com cerca de 230 mil habitantes, Marília vive um momento complicado com epidemia de dengue e abandono de várias regiões da cidade por parte do poder público.
Uma polêmica recente sobre o aniversário da cidade virou pauta principal dos marilienses: o show da dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó. Os artistas viriam no dia 2 de abril, em comemoração ao aniversário da cidade.
O show foi suspenso pela Prefeitura após muita pressão. A população criticava o prefeito Vinicius Camarinha por gastar dinheiro público com a festa em meio à pior epidemia de dengue da história.
Outros problema crônico são os buracos e a falta de água. Apesar de um grande programa de recapeamento anunciado pela Prefeitura, moradores em todas as regiões da cidade reclamam das vias públicas.
Com relação a água, a Prefeitura também anunciou investimentos milionários, mas na prática a população ainda sofre. Torneiras vazias ou com baixa pressão são constante na cidade, principalmente no verão, quando o consumo é maior.
Saúde
O município passa por um dos piores momentos da saúde pública na sua história. O grande hospital da cidade (Clínicas) não suporta a demanda e está sucateado. Nas unidades de saúde faltam médicos e remédios, sem falar na pior epidemia de dengue da história.
Mais de 11 mil casos da doença estão oficialmente contabilizados, porém, fontes do Marília Notícia afirmam que já são quase 90 mil casos.
Cultura, lazer e esporte
O município possui vários equipamentos voltados ao lazer e a cultura, além de praças e o Bosque Municipal Rangel Pietraróia. Apesar disso, o abandono de poliesportivos e praças tem marcado a atual administração. Ótimas iniciativas como a Ciclofaixa da Avenida das Esmeraldas não duraram muito: apenas alguns meses.
Marília tem vida noturna centrada na gastronomia e eventos principalmente de perfil universitário. O município participa e é rota obrigatória de eventos culturais estaduais como o Mapa Cultural Paulista, Virada Paulista e outras iniciativas.
Economia
Indústria é destaque com a presença de grandes empresas que distribuem seus produtos para o mercado nacional e internacional. Conhecida como Capital Nacional do Alimento, o parque industrial é composto por cerca de 1.100 empresas do setor alimentício, metalúrgico, construção, têxtil, gráfico e plástico, entre outras.
Nestlé, Marilan, Dori e Sasazaki, conhecidas nacionalmente, são exemplos que reforçam o forte perfil industrial. No setor comercial, dispõe de mix de lojas dos mais variados segmentos. O município possui dois shoppings centers, além de um centro comercial com calçadão híbrido – iniciativa bem sucedida a medida que permite a passagem de veículos mas ao mesmo tempo garante maior bem estar e segurança aos pedestres – atraindo consumidores de toda a região, num raio de até 100 quilômetros.
O setor agropecuário é representado pelo café, amendoim, melancia, borracha, coco, laranja, manga, maracujá, cana-de-açúcar, mandioca, milho. Suinocultura, bovinocultura (corte e leite) e avicultura (corte e produção de ovos) também tem seu espaço na economia mariliense.
Educação
Na área da educação o município conta com sistemas de educação desde a básica até superior e pós-graduação. A Rede possui 52 unidades sendo 33 Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil); 03 Emefeis (Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Educação Infantil) 16 Emefs (Escolas Municipais de Ensino Fundamental), atendendo aproximadamente 18 mil alunos.
Além disso, o município dispõe do CEMAEE – Centro-Escola Municipal de Atendimento Educacional Especializado “Profª Yvone Gonçalves”, que atende alunos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, dificuldades de aprendizagem e altas habilidades ou superdotação.
A estrutura educacional do município ainda é composta por 46 escolas estaduais; 16 escolas particulares; 02 faculdades; 01 fundação de ensino e 03 universidades (duas públicas e uma particular). São mais de 40 cursos superiores atraindo estudantes de toda a parte do país. Marília também dispõe gratuitamente de escolas de idiomas, matemática e cursos profissionalizantes, como o Ceprom (Centro Profissionalizante de Marília), Etec (Escola Técnica Estadual) Antonio Devisate, Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e Sesi (Serviço Social da Indústria).
Política
O prefeito Vinicius Camarinha (PSB) é o atual prefeito. A família Camarinha domina a cidade desde a década de 80 e o pai de Vinicius, Abelardo Camarinha (PSB) é o representante da cidade na Assembleia Legislativa de São Paulo. Já na Câmara dos Deputados em Brasília, quem defende os interesses marilienses é o deputado Walter Ihoshi (PSD).
Na Câmara Municipal não há oposição. De 13 vereadores, 10 estão alinhados com o prefeito municipal. As eleições de 2016 também parece que já começaram. Recentemente Sandro Espadoto, atual presidente do PHS (Partido Humanista da Solidariedade) de Marília, ganhou do prefeito Vinicius um cargo na administração municipal em troca de se aliar nas eleições. Isso deve acontecer ainda com outros partidos ‘nanicos’.
Empresários da cidade também se mobilizam para a eleição do ano que vem. Um grupo intitulado Frente Única já trabalha nos bastidores. A ideia é lançar apenas um candidato para prefeito, uma chapa forte de candidatos a vereador, para polarizar, vencer e criar bancada forte na câmara de oposição.
Antônio Augusto Ambrósio, o Tato (PMDB), Luís Eduardo Dias (PV), Daniel Alonso (PSDB), Wilson Damasceno (PSDB), Sérgio Nechar, Eduardo Nascimento, Orisvaldo Quiquinato (PV) e Marcelo Alves (PSOL) também são alguns dos nomes que lutam contra o atual prefeito.