Celular roubado de vítima de estupro é localizado
A Polícia Civil praticamente concluiu o trabalho de investigação sobre o crime de roubo e estupro contra duas jovens estudantes, ocorrido na madrugada do dia 10 de maio, nas imediações do Tênis Clube de Garça (35 quilômetros de Marília). Na tarde da quarta-feira, dia 20, os policiais encontraram o segundo aparelho celular que havia sido roubado, em poder de um jovem morador de Vila Araceli.
De acordo com informações do delegado Gustavo Danilo Pozzer, através de um intenso trabalho de investigação, os policiais descobriram que o aparelho celular roubado estava com Danilo Augusto Barbosa Gonçalves, 23, morador da Rua Brás Cubas. Uma diligência foi realizada pela Polícia Civil, por volta das 16h45, sendo que o suspeito foi localizado perto de sua residência.
Ele estava em poder do celular que havia sido roubado de uma das estudantes e admitiu ter adquirido o produto, mesmo sabendo que era de origem ilícita, porém negou saber que se tratava de um dos objetos roubados das vítimas que foram abusadas sexualmente. Gonçalves contou que era amigo de Wesley Simón dos Santos, 23, conhecido como “Piti”, mas que ficou decepcionado com a situação em que ele se envolveu.
“Eu não imaginava que ele podia fazer essas fitas. Já dormi e comi na casa dele. Sempre frequentei a casa do ‘Piti’. Não passava pela minha cabeça que ele fazia essas coisas de estupro. Ele fazia umas fitinhas por fora, mas eu convivo com o moleque e nunca imaginei que pudesser fazer isso. Peço perdão para essas vítimas. Não sabia que o celular era de uma delas. Se fosse minhas irmãs ou uma filha minha, estaria com muito ódio também”, afirmou Danilo Augusto Barbosa Gonçalves.
O delegado Gustavo Danilo Pozzer deve concluir nos próximos dias o inquérito policial sobre o roubo e o estupro, provavelmente pedindo a prisão preventiva de “Piti”. O acusado de estupro se encontra preso temporariamente na cadeia de Pompeia, em uma cela separada dos demais detentos, para que não seja espancado e até morto, já que crimes sexuais não são aceitos por presidiários.
“Localizamos um dos telefones roubados neste caso de repercussão em nossa cidade. Obtivemos informações, pelo nosso setor de investigações, que conseguiu chegar até a pessoa do indiciado por receptação, que estaria com o celular. Realizamos diligências e o abordamos quando chegava em sua residência. O objeto estava no bolso de sua blusa e ele admitiu ter adquirido do indivíduo que se encontra preso”, disse o delegado.
Abuso sexual
Segundo informações apuradas pela equipe de jornalismo da Rádio Centro Oeste, no dia 10, por volta das 3h30, duas estudantes de 21 anos deixavam uma festa no Garça Tênis Clube, indo em direção ao carro de uma delas, que estava estacionado no cruzamento da Rua Jurandir Ubirajara Guimarães com a Rua Carlos Gomes, quando foram abordadas por um criminoso que anunciou o assalto.
O bandido era negro, trajando camiseta amarela com gola pólo, bermuda preta com listras brancas, boné e tênis. Ele obrigou as duas estudantes a entrarem no veículo, que foi levado para a estrada vicinal Garça-Pirajuí. Ele parou o automóvel em um lugar escuro e abusou sexualmente das vítimas.
Após o abuso, as duas foram abandonadas pelo local e foram caminhando até a base da Polícia Militar Rodoviária, onde pediram ajuda. Com informações sobre o crime, policiais iniciaram diligências pela cidade e localizaram o automóvel abandonado no Jardim São Benedito, com diversos danos.
“Piti” foi preso na manhã do dia 16 de maio, suspeito de roubar duas jovens estudantes e violentá-las sexualmente. Ele foi encontrado dormindo em sua residência, na Vila Araceli. Um aparelho celular roubado da vítima foi encontrado com sua companheira. Inicialmente ele negou o envolvimento com o crime, até que o celular roubado de uma das vítimas foi localizado. O aparelho estava sendo usado por sua mulher.
Após ser levado para a Delegacia da Polícia Civil, assumiu ter sido o responsável pelo roubo, mas disse que não teria praticado o abuso sexual. As vítimas foram chamadas e não tiveram dúvidas em apontá-lo como autor do crime. As estudantes também reconheceram o tênis, um boné e uma bermuda, que estavam sendo utilizados por Santos no dia do crime. Elas chegaram até mesmo a reconhecer a voz do acusado.
Fonte: Rádio Centro Oeste de Garça / 670 AM