Casos de dengue em Marília triplicam em 2023 e acendem alerta
O número de casos positivos de dengue registrados em Marília em 2023 é três vezes maior do que em 2022, de acordo com dados da Secretária Municipal de Saúde. A quantidade de diagnósticos saltou de 1.041 para 3.122 durante o período.
O aumento significativo no volume de confirmações acende um alerta para prevenção contra uma possível nova epidemia, principalmente porque o verão, principal época de procriação do mosquito vetor, Aedes Aegypti, começou há apenas poucos dias e só termina em março.
As complicações de saúde causadas pela doença, só neste ano, levaram cinco moradores de Marília a óbito. Além disso, dentre todos os relatórios publicados no Portal da Transparência da Prefeitura de Marília, sendo o mais antigo de 2019, o ano de 2023 foi que mais registrou casos positivos para dengue.
Em 2019, foram confirmados 2.966 casos na cidade. O número caiu em quase metade durante o primeiro ano da pandemia da Covid-19, em 2020, quando houveram 1.591 diagnósticos para a dengue. Na sequência, os casos voltaram a crescer, quase dobrando, e chegando em 2.940 positivos em 2021.
Dentre as unidades de saúde que mais confirmaram casos em Marília, no ano passado, a primeira foi o Pronto Atendimento da Unimed (665), depois a Santa Casa de Marília (299), seguida pela Unidade Básica de Saúde do Santa Antonieta (173), que teve mais que a Unidade de Saúde da Família do Jardim Renata (145).
A Unidade de Saúde da Família do Núcleo Habitacional Juscelino Kubitschek fecha o grupo das cinco unidades que mais confiram casos, com 128 notificações positivas em 2023.
O pior cenário da doença em Marília aconteceu em 2015. Oficialmente, foram 10.202 casos confirmados na época.
PREVENÇÃO
O Ministério da Saúde orienta que, embora existam estudos avançados para vacinas contra a dengue, atualmente nenhum imunizante mostrou-se viável para a prevenção da doença.
Portanto, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção da dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e Zika), seja pelo manejo integrado de vetores ou pela prevenção pessoal dentro dos domicílios.
Deve-se reduzir a infestação de mosquitos por meio da eliminação de criadouros, sempre que possível, ou manter os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas, capas e tampas, impedindo a postura de ovos do mosquito Aedes aegypti.
Medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos devem ser adotadas por viajantes e residentes em áreas de transmissão. A proteção contra picadas de mosquito é necessária ao longo do dia, pois o Aedes aegypti pica principalmente durante manhã e tarde.
NOTA DE POSICIONAMENTO
A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde informou que o aumento do número de casos de dengue em 2023 se agravou desde outubro, por causa do aumento atípico das chuvas no período.
“Desde então, as ações de controle foram aplicadas de forma contínua e com maior intensidade com o município também providenciando um contingenciamento ainda maior para o combate, para deixar a cidade preparada para futura situação de epidemia em 2024, caso venha a ocorrer”, afirma a nota.