Casos de câncer de pele dobram em Marília em quatro anos
O número de casos de câncer de pele tem crescido de forma constante em Marília nos últimos anos. Dados do DataSUS revelam que, desde 2020, os registros da doença não param de aumentar na cidade. Naquele ano, foram contabilizados 143 diagnósticos. Em 2024, o total chegou a 274 — praticamente o dobro em apenas quatro anos.
Após os 143 casos de 2020, houve aumento para 179 em 2021, o que representa alta de 25,17%. No ano seguinte, os registros chegaram a 217, um avanço de 21,23% em relação ao período anterior.
A tendência de crescimento se manteve em 2023, com 245 ocorrências — um aumento de 12,90%. Em 2024, o crescimento foi de 11,84%, somando 274 diagnósticos.
Neste ano de 2025, os dados parciais até junho apontam 102 novos casos, sendo 48 em homens e 54 em mulheres. Desde 2020, Marília já soma 1.160 casos de câncer de pele, com leve predominância entre o público feminino: 588 diagnósticos contra 572 no masculino.
A situação é preocupante, já que o câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil. A prevenção envolve principalmente o uso regular de protetor solar, vestimentas adequadas e exames periódicos para detecção precoce de lesões suspeitas.
Em Marília, o avanço dos índices reforça a necessidade de campanhas de conscientização e incentivo ao diagnóstico precoce.
O tema ganhou ainda mais visibilidade nesta semana, após o ex-presidente Jair Bolsonaro ser diagnosticado com carcinoma de células escamosas in situ — uma forma inicial de câncer de pele. Ele foi internado em Brasília após sentir mal-estar, mas recebeu alta médica na última quarta-feira (17).
Segundo boletim do Hospital DF Star, as lesões cutâneas foram removidas por cirurgia. Apesar de não apresentarem risco de disseminação, exigem acompanhamento clínico contínuo.