Casal perpetua tradição e ajuda a manter vivo o rock and roll em Marília
O rock nunca vai morrer. Pelo menos se isso depender de Rosilene Tesserolli e Ricardo Verceloni, casal símbolo dos roqueiros em Marília e responsável por organizar e manter vivo o tradicional Encontro do Rock em Marília há oito anos.
“Não é só um tipo de música, é um estilo de vida”, disse o casal em entrevista ao Marília Notícia por ocasião do Dia Mundial do Rock, comemorado neste sábado (13). Até protesto eles chegaram a integrar para a retomada do projeto há alguns anos.
O Encontro do Rock acontece aos sábados – um sim, outro não – entre 20h30 e 23h30 no Espaço Cultural, localizado na avenida Sampaio Vidal, Centro de Marília. O evento é da Secretaria Municipal de Cultura, mas o casal trabalha como voluntário.
Apesar de Ricardo ser servidor da pasta, ele não ganha nada a mais por organizar o evento, afirma Rosilene.
São sempre duas bandas a se apresentarem. Os conjuntos não são apenas da cidade, mas de toda região e até São Paulo e outros estados. A programação pode ser conferida na página do Facebook.
“O Encontro do Rock acontece há mais de 30 anos, na verdade. Mas ficou parado por algum tempo e há quase dez anos a Secretaria de Cultura resolveu voltar com ele. O Ricardo se ofereceu e eu fui junto. No começo não queria, mas logo já estava agendando banda”, contou Rosilene.
“O que nos move é estar apoiando as bandas. Essa rapaziada mais nova que vai lá, vê uma banda tocando e quer tocar também. Tira o jovem da rua, tem esse lado também, além do cultural”, disseram.
Atualmente cerca de 150 pessoas participam de cada Encontro do Rock, mas os organizadores contam que em algumas edições já foram mais de 300. “Depende do estilo da banda, vem mais gente. O pessoal gosta bastante de metal ou de bandas que tocam Pink Floyd, Led Zepellin”.
Já entre os covers brasileiros mais pedidos sempre aparecem clássicos dos Titãs, Engenheiros do Havaí e Legião Urbana.
“Aqui vem muito jovem, que tem contato com música brasileira lançadas quando eles nem tinham nascido. Mas vem médico, dentista, advogado. E não é só para ouvir, não. Ele vêm para tocar. Tem pai que vem ver o filho tocar e tocou 30 anos atrás, vem família aqui”, afirmaram.
Realmente, ao contrário do que já foi professado, para Rosilene e Ricardo o rock nunca vai morrer.