

11 anos. Mais de 95 mil artigos.
2, abr / 2025, 14:14h Boa tarde
O Tribunal do Júri de Marília publicou nesta quinta-feira (27) a sentença de julgamento envolvendo a morte de Cícero Máximo da Silva, ocorrida em abril de 2022, no Jardim Marajó (zona sul da cidade). A Justiça absolveu uma mulher acusada de participação no crime e condenou Jonatas Rodrigues Damazio.
Segundo a denúncia, Jonatas teria se armado com uma faca, enquanto a mulher carregava um pedaço de madeira. Ambos teriam surpreendido a vítima na via pública e iniciado o ataque, aproveitando-se da vantagem numérica e do uso de armas.
A mulher foi acusada de atingir a cabeça de Cícero com o pedaço de madeira, enquanto Jonatas desferiu um golpe de faca no dorso esquerdo da vítima, atingindo um dos rins.
Cícero foi socorrido com vida e passou por cirurgia para retirada do órgão. No entanto, após receber alta, voltou a ser internado e morreu no final do mesmo mês, em decorrência de complicações médicas relacionadas à lesão.
JULGAMENTO
Após os debates em plenário, o Conselho de Sentença decidiu, por maioria, absolver a mulher, por entender que ela não contribuiu para o resultado morte — ou seja, não teria sido responsável pela consumação do crime.
Já Jonatas teve reconhecida sua responsabilidade pelo homicídio. O júri aceitou a qualificadora de meio cruel, mas rejeitou outra que apontava uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Por outro lado, os jurados consideraram que o crime foi cometido sob “violenta emoção”, após uma possível provocação injusta, o que levou à atenuação da pena.
Com isso, a sentença de Jonatas foi fixada em nove anos e quatro meses de prisão. Ele permanece preso, mas poderá recorrer da decisão em segunda instância.
A mulher absolvida teve a liberdade decretada pelo juiz. O Ministério Público pode recorrer tanto para pedir novo julgamento em relação a ela, quanto para tentar aumentar a pena de Jonatas.