Candidata pelo PSOL esclarece proposta sobre DDM
A candidata à prefeita de Marília pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Nayara Mazini, apresentou esclarecimentos sobre sua proposta relacionada à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), após imprecisões em sua fala durante debate televisionado.
“Prevemos a ampliação do horário de atendimento da Delegacia de Defesa da Mulher para 24 horas, em prédio próprio”, afirmou Nayara no evento realizado pela TV Bandeirantes no último dia 14 de outubro.
O Marília Notícia apontou que a declaração foi imprecisa, já que a DDM é mantida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, por meio do Governo do Estado de São Paulo, sem participação da Prefeitura.
Atualmente, as ocorrências podem ser registradas 24 horas do dia – das 8h às 18h na DDM e no restante do período no Plantão Policial.
A candidata, porém, justificou que “durante o debate não houve tempo suficiente para que a proposta fosse explicada à população”.
“Todo cidadão sabe que é durante a noite, os sábados, domingos e feriados que mais costumam ocorrer agressões a mulheres, pelo motivo óbvio de que são nesses horários que os homens costumeiramente mais estão com as mulheres, sem contar outras razões, como o aumento do consumo de álcool e outras drogas”, afirma Nayara.
“É um contrassenso enorme o horário de funcionamento da Delegacia da Mulher, pois a maior parte dos crimes acontece em horário não comercial. Outra crítica relatada pelas mulheres marilienses é o fato da DDM estar junto às demais delegacias, o que impõe às mulheres exposição à situações vexatórias, fazendo-se notória a necessidade de avançar nesta pauta para suprir os déficits existentes e, de fato, manter a tríade prevenção/assistência/repressão”, completa.
Proposta
De acordo com ela, “a demanda pelo funcionamento 24 horas da Delegacia da Mulher e em prédio próprio, não é algo novo em nossa cidade”.
“Realmente para avançar nesta pauta será necessário o diálogo e a negociação com o governo do estado, inclusive para possíveis concessões como, por exemplo, o prédio do CEFAM que está parado há anos e agora o governo do Estado cogita sua venda”, comenta.
Ela também lembra que “a viabilização do atendimento ininterrupto, ou seja, 24 horas nas Delegacias da mulher, fez parte da plataforma eleitoral de João Dória (PSDB)”.
Segundo Nayara, o “município pode propor contrapartidas, como: equipar sala para atendimento infantil, oferecer capacitação para equipes com atendimento humanizado, negociar para que mulheres sejam atendidas preferencialmente por mulheres, contribuindo ainda com o fluxo para uma Rede de atendimento à mulher vítima de violência”.
Tal rede, seria “construída junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e a população, por meio de fóruns, audiências e/ou conferências, incluindo mais equipamentos articulados voltados à proteção, apoio jurídico, assistência psicossocial, acolhimento e inclusão em programas/projetos de geração de renda, se for o caso”.
Veja o posicionamento completo da candidata do PSOL, [clique aqui].