Câncer de mama soma 233 mortes em Marília em 10 anos
Entre 2006 e 2015 morreram em Marília 233 pessoas com neoplasias malignas da mama, o câncer de mama – mulheres, em quase todos os casos. As informações são do banco de dados do DataSUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde) e reforçam a necessidade de campanhas como o Outubro Rosa.
Números sobre 2016 e prévias de 2017 ainda não estão disponíveis no sistema. Entre as 233 ocorrências, 179 vítimas fatais eram moradoras de Marília. Outras 54 faziam tratamento na cidade, mas possuíam domicílio em outro município.
A notícia positiva é que em 2015 o número de mortes por câncer de mama em Marília apresentou redução significativa em relação aos anos anteriores. Foram 16 mortes, contra 34 em 2014; 33 em 2013; e 30 em 2012.
Taxa de Mortalidade
Outro banco de dados importante sobre o assunto, do Inca (Instituto Nacional do Câncer), tem informações atualizadas apenas até 2014, mas traz importante revelação sobre a doença em Marília: sua taxa de mortalidade.
Entre 2010 e 2014 a taxa de mortalidade específica das mulheres a cada 100 mil habitantes, em Marília, foi de 18.92. O índice está bem acima da taxa mundial de 13,69 e a brasileira de 14,68.
Outubro Rosa
Centenas de pessoas movimentaram o centro comercial de Marília na semana passada para incentivar as ações do movimento Outubro Rosa pela prevenção, diagnóstico precoce, acesso ao tratamento e cura da doença.
O médico mastologista Carlos Giandon, profissional que atua diretamente na causa e coordena o Ambulatório de Patologias Mamárias da Secretaria Municipal de Saúde, participou da caminhada com a família e destacou a importância de chamar a atenção para o câncer de mama.
“Quando os tumores são detectados na fase inicial (com até dois centímetros e com menos de dois anos) a probabilidade de cura fica acima de 75%. Em alguns casos, a chance de sucesso no tratamento chega a 90%”, explica o médico.
O rastreio de nódulos acontece, principalmente, por meio do exame clínico das mamas. O procedimento pode ser feito durante o Papanicolau, indicado uma vez por ano para as mulheres. Profissional médico da unidade ou enfermeira treinada está apto para realização do exame.
Porém o cuidado começa ainda mais cedo, dentro de casa. A partir dos 20 anos, é importante fazer o autoexame das mamas uma vez por mês, logo após a menstruação. Há ainda, como recurso para prevenção, a mamografia a cada dois anos, indicada pelo Ministério da Saúde para mulheres a partir dos 50 anos.
Para quem tem casos de câncer de mama ou colo de útero na família (irmã, mãe ou filha) antes dos 50 anos ou já teve em uma das mamas, o exame pode começar a ser feito aos 35.