Campanha conscientiza sobre a tireoide em Marília
25 de maio é o Dia Internacional da Tireoide. Para marcar a data o Departamento de Tireoide da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) optou por esclarecer a população sobre o que é essa glândula e quais cuidados deve ter.
A informação confiável é uma ferramenta importante para o tratamento correto.
A SBEM através do Departamento de Tireoide está promovendo uma série de ações educacionais em todo o país, destinadas aos profissionais de saúde e ao público. A campanha conta com palestras, distribuição de material impresso e divulgação de informações sobre tireoide para a mídia.
No período de 19 a 26 de maio é realizada a Semana Internacional da Tireoide com diversas atividades em Marília. O tema da campanha deste ano é “Tenho Nódulos, e agora?”.
As ações em Marília têm a coordenação do chefe da disciplina de Endocrinologia e Metabologia da Famema, Dr. José Augusto Sgarbi, Vice-Presidente do Departamento de Tireoide da SBEM, com o apoio do assistente de ensino da disciplina de Educação em Ciências da Saúde da Famema, Dr. Leonardo Parr dos Santos Fernandes e da Dra. Jesselina dos Santos Haber, docente da Universidade de Marília.
Palestras, distribuição de folhetos sobre a tireoide e orientações a pacientes e familiares integram a programação em Marília. A campanha tem o objetivo de conscientizar o público, imprensa e profissionais de saúde sobre a tireoide e seus distúrbios.
O que é a Tireoide?
A tireoide é uma glândula que fica na base da região anterior do pescoço. A tireoide produz dois hormônios: a TRIIODOTIRONINA (T3) e a TIROXINA (T4).
Esses hormônios são muito importantes em todas as fases da vida, como na formação dos órgãos fetais (principalmente o cérebro), no crescimento, desenvolvimento, na fertilidade e reprodução.
Os hormônios da tireoide exercem ainda importante atuação nos batimentos cardíacos, no sono, raciocínio, na memória, temperatura do corpo, no funcionamento intestinal e metabolismo.
As principais doenças que afetam a glândula são: hipotireoidismo (função diminuída), hipertireoidismo (aumento de função), tireoidites (processos inflamatórios) e nódulos de tireoide (benignos ou malignos). O hipotireoidismo é mais comum em mulheres na pós-menopausa.
O diagnóstico de hipotireoidismo congênito é realizado por meio do “exame do pezinho” nos primeiros dias de vida da criança.
Durante a gravidez o hipotireoidismo não diagnosticado e não tratado pode associar-se com complicações relativas à gestação e ao feto. Na gestação, o diagnóstico deve ser feito no primeiro trimestre.
Em crianças o hipotireoidismo atrapalha o rendimento escolar se não for tratado adequadamente. Os nódulos de tireoide são muito frequentes e podem afetar de 50% a 60% da população.
Tenho um nódulo na tireoide: e agora?
-Qual é o primeiro passo diante da descoberta de um nódulo de tireoide?
No exame dos pacientes, observa-se que cerca de 4% a 7% das mulheres e 1% dos homens apresentam nódulos tireoidianos palpáveis. Nesse caso, eles costumam ter mais de 1 cm, e o médico avaliará o funcionamento da tireoide solicitando um exame de sangue chamado TSH e também o exame de ultrassonografia da glândula.
-Há risco de câncer? Como saber?
Cerca de 85% a 90% desses nódulos são benignos. Os fatores de risco de malignidade são: história de radiação na região cervical, história familiar de câncer de tireoide em parentes de primeiro grau, crescimento rápido do nódulo, presença de adenomegalias (ínguas) na região do pescoço e rouquidão.
-Como saber se meu nódulo é benigno ou maligno?
As características ultrassonográficas do nódulo direcionarão para seu cará- ter maligno ou benigno.
-Quando se deve fazer a punção-biópsia da tireoide?
Nem todo nódulo precisa ser puncionado. São as características ultrassonográficas e o tamanho que determinam se é necessário ou não realizar a punção aspirativa com agulha fina da tireoide, também denominada de PAAF.
-Todo nódulo de tireoide deve ser operado?
Não. Apenas os nódulos positivos ou fortemente suspeitos de malignidade, bem como os nódulos com sintomas compressivos e benignos, de acordo com a PAAF.
-O que fazer se o resultado da PAAF for benigno?
Se o resultado for benigno, será preciso acompanhamento médico para avaliar se há crescimento ou alteração do funcionamento da tireoide.