Brasil soma 424 milhões de dispositivos digitais em uso
O Brasil já registra a média de nove computadores para cada 10 habitantes no país, segundo a 31ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) e divulgada nesta quarta-feira, 4. No total, são 190 milhões de computadores ativos em todo o País – embora a proporção desses dispositivos entre as pessoas seja desigual.
Liderada pelo professor Fernando Meirelles, o estudo analisa o comportamento do consumo de eletrônicos no País ao longo do ano e, em 2019, revelou que, apesar do aumento do número de computadores — 10 milhões a mais do que o ano passado — as vendas diminuíram. Em 2018, 12,4 milhões de computadores foram vendidos no Brasil, enquanto no ano passado foram 12 milhões, uma queda que representa 3% no mercado.
Segundo Meirelles, as vendas de computadores podem aumentar neste ano por conta do maior uso do dispositivo para trabalhar em casa – resultado do período de isolamento causado pelo coronavírus. Para o pesquisador, porém, ainda é difícil prever o movimento do mercado.
Em relação aos smartphones, o Brasil continua vendendo uma média de quatro celulares para cada TV. A tendência de não ultrapassar dois aparelhos celulares por habitante, já observada no ano passado, se mantêm. Em relação à 2018, o número de smartphones registrou um pequeno aumento, de 230 milhões para 234 milhões. Entre os dispositivos portáteis — celulares, notebooks e tablets — já são 342 milhões no País, ou 1,6 aparelho por pessoa.
O estudo revelou também que o Brasil ainda possui dois dispositivos digitais por habitante, incluindo smartphones, computadores, notebooks e tablets. Entre os aparelhos ativos, são 424 milhões em todo o País.
Nos números de 2019, o Brasil continua acima da média global no consumo de smartphones, TVs e computadores, mas atrás dos Estados Unidos, que registra mais de um dispositivo por pessoa em todos os quesitos.
Para 2020, as apostas de Meirelles são na antecipação de aceleração das tecnologias e dos dispositivos, o que pode incrementar os números anuais de venda. “A transformação digital será antecipada e acelerada neste ano. As empresas estão colaborando com isso para fornecer material para trabalho remoto. Vamos ter uma aceleração na tecnologia para os próximos anos. O ensino e o trabalho a distância vão deixar marcas permanentes. Isso tudo vai mudar o uso de tecnologia no curto prazo”.