Bolsonaro: ninguém precisa acreditar em promessa de picanha
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira, 13, que os eleitores não precisam “acreditar em promessa de picanha”, em referência a uma frase usada com frequência por seu adversário na disputa pelo Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O preço da carne está caindo”, disse o chefe do Executivo, em Recife (PE). A inflação de alimentos é uma das principais preocupações da campanha de Bolsonaro, que atribui parte da dificuldade do presidente de conquistar votos entre a população de baixa renda aos preços nos supermercados.
“De acordo com a Abras, Associação Brasileira de Supermercados, nos últimos 30 dias, o preço da cesta básica caiu, em média, 10%, num porcentual maior para laticínios. Está caindo o preço da carne também, ninguém precisa aqui acreditar numa promessa de picanha. É pensar que o povo é idiota, é tratar com maldade o povo brasileiro”, declarou o presidente.
“Temos pela frente, agora, um ponto importante, um dia de decisão, em que deve se votar não com o coração ou com a emoção, tem que votar com a razão. Ninguém está escolhendo um marido no dia 30 de outubro, ninguém está escolhendo um colega de pescaria ou um colega para comer picanha fictícia, está escolhendo alguém que você já viu o passado dessas pessoas. Compare os meus quatro anos com os de Lula”, emendou o candidato à reeleição.
Em 26 de agosto, Bolsonaro rebateu uma declaração dada por Lula em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo. “A esquerda vende a ilusão de picanha para todo mundo, e eu digo: não tem filé mignon para todo mundo”, declarou o chefe do Executivo, na ocasião. “O povo tem que voltar a comer um churrasquinho, a comer uma picanha e tomar uma cervejinha”, havia afirmado o petista.
Durante o discurso feito hoje a lideranças religiosas na capital pernambucana, Bolsonaro voltou a caracterizar a eleição como uma “luta do bem contra o mal”, disse que Lula “saqueou o Brasil” e repetiu a máxima que tem usado com frequência para rebater críticas sobre seu comportamento: “Eu falo palavrão, mas não sou ladrão”. Mais cedo, o presidente havia dito em Recife que Lula “vai voltar para a cadeia”.