Bicampeão olímpico sobrevive a queda de avião no Quênia
Recordista dos 800 metros e bicampeão olímpico, o queniano David Rudisha sobreviveu a um acidente aéreo no último sábado, três anos após sair ileso de um acidente de carro. O avião no qual o atleta estava, junto de outras cinco pessoas, sobrevoava o Parque Nacional de Amboseli, no Quênia, quando o piloto precisou fazer um pouso forçado e atingiu uma árvore na descida. A aeronave girou até colidir com o solo, mas todos escaparam com ferimentos leves.
Uma foto publicada pela imprensa queniana mostra Rudisha com a roupa suja de terra, posando em frente ao avião virado de ponta cabeça. “O motor do avião parou de repente. O piloto viu um espaço livre onde tentou pousar o avião, mas uma de suas asas atingiu uma árvore quando o avião começou a girar antes de pousar no campo rochoso”, contou o medalhista olímpico em entrevista ao jornal queniano Daily Nation.
Um dos passageiros, Stephen Ole Marai, presidente da Quênia Masters Athletics, sofreu uma lesão na costela direita e teve de ser transferido para um hospital para receber tratamento. Outra foto publicada pelo Daily Nation mostra Marai na maca, acompanhado por Rudisha. “Foi um episódio assustador em que você segura o coração na mão enquanto ora a Deus. O piloto fez um trabalho incrível para manter o avião estável por muito tempo”, comentou o atleta.
David Rudisha viveu, há três anos, outro episódio assustador. Em agosto de 2019, colidiu de frente com um ônibus enquanto dirigia seu carro em uma estrada queniana entre a cidade de Quisi e a capital Nairóbi. Na ocasião, compartilhou uma foto do veículo completamente destruído e afirmou não ter sofrido nenhum ferimento grave.
MEDALHAS DE OURO E RECORDE
O queniano quebrou o recorde da prova de 800 metros em 2010, ao completar a prova do ISTAF de Berlim em 1min41s09. Antes disso, a melhor marca era do dinamarquês Wilson Kipketer e datava de 1997. Após superar o tempo que demorou 13 anos para ser batido, Rudisha diminuiu a própria marca em Rieti, na Itália, com 1min41s01.
Não satisfeito, reduziu ainda mais o tempo nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, onde conquistou a medalha de ouro após precisar de apenas um 1min40s91 até cruzar a linha de chegada. Voltou a ser campeão olímpico no Rio de Janeiro, em 2016, mas com um tempo maior (1min42s15). O recorde de Londres ainda não foi batido.