Biblioteca Municipal realiza exposição da série Vaga-Lume
Com 45 anos em circulação, a série vaga-lume ainda é sucesso de público, sendo uma das principais responsáveis pela formação de milhares de leitores Brasil afora.
Com histórias emocionantes, cheias de ação, mistério, humor e fantasia, desperta no leitor a vontade em querer terminar logo a leitura e se aventurar em uma nova.
Neste mês de julho, a Biblioteca Municipal “João Mesquita Valença” está com exposição da série e convida a todos a relembrar e também a conhecer histórias novas.
“Quantos livros da série você já leu?” e “Qual é o seu favorito?”, Este são dois dos questionamentos que a exposição nos faz refletir e chama a todos a se aventurar e a incentivar as crianças e jovens a conhecer essas emocionantes histórias.
A Biblioteca Municipal de Marília fica na rua São Luiz, 1295, esquina com a rua São Carlos, bem no centro comercial da cidade, e funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h45.
HISTÓRIA DA SÉRIE
A coleção Vaga-lume nasceu no final de 1972 e foi lançada pela editora Ática em 1973. Voltada para o público infanto-juvenil, ela rapidamente se popularizou, principalmente por seu uso em escolas. Os livrinhos foram um grande sucesso naquela época e continuam sendo publicados até hoje.
A coleção possui mais de 100 títulos em seu catálogo, divididos entre as séries Vaga-Lume e Vaga-Lume Jr., para leitores com faixa etária entre 10 e 20 anos. O último livro “O Mestre dos Games”, de Afonso Machado, foi publicado em 2008. Em 2015, entretanto, os 10 primeiros títulos foram relançados com novo projeto gráfico.
A Vaga-Lume surgiu num momento em que as crianças eram apresentadas à literatura por meio dos clássicos. Na reforma educacional de 1971, quando o ensino obrigatório se estendeu até a 8ª série, o número de alunos aumentou.
Além disso, foi incluída na Lei de Diretrizes e Bases uma cláusula que recomendava a preferência pela adoção de obras nacionais. E, nesse momento, as escolas já pediam obras contemporâneas. A editora não perdeu tempo.
A proximidade com os professores, que liam os livros antes de serem impressos e os testavam com seus alunos, foi um importante passo para o sucesso imediato.
As tiragens eram enormes – de cerca de 80 mil exemplares, que se esgotavam em menos de um ano. Os bons autores e o suplemento de trabalho que acompanhava as edições – hoje corriqueiro – eram diferenciais. Na nova configuração, o suplemento será online. Afinal, a ideia é perder a cara de obra paradidática e ganhar as livrarias.
Verdadeiro fenômeno de vendas, a coleção tem livros que ultrapassaram facilmente os 2 milhões de exemplares. Autores que já eram consagrados na época, como Maria José Dupré e Marcos Rey, tiveram obras publicadas na coleção. Marcos Rey – na verdade, o pseudônimo do escritor Edmundo Nonato – já era bem conhecido na época por seus romances e contos adultos, e foi na Vaga-Lume que ele escreveu seus primeiros livros para o público infanto-juvenil. Outros autores, como Marçal Aquino e Marcelo Duarte, escreveram exclusivamente para a coleção.
Um de seus volumes mais conhecidos, O Escaravelho do Diabo, de Lúcia Machado de Almeida, foi parar nas telas do cinema, alcançando um relativo sucesso de público.
Outros filmes baseados em livros da coleção podem estar a caminho, já que títulos como O Mistério do Cinco Estrelas e Um Cadáver Ouve Rádio também tiveram seus direitos comprados para uso no cinema. Vamos esperar ansiosos para ver a materialização destes clássicos da nossa infância!