Bandidos que roubaram empresa são condenados a mais de 100 anos
Quatro homens que participaram de um assalto à empresa de transporte de valores Prosegur em 2016, em Ribeiro Preto, no interior de São Paulo, foram condenados à mais de 100 anos de prisão pela Justiça. Eles foram considerados culpados pelos crimes de organização criminosa armada, latrocínio e por crime de incêndio com morte, além de receptação de um colete balístico e pela posse de fuzil, munição e dinamite.
Dois homens identificados como lideranças foram condenados a mais de 121 anos de pena cada, além de multa. Um outro criminoso, que está foragido, foi identificado como financiador do grupo e foi sentenciado a mais de 123 anos de prisão e multa. Também foi condenado um funcionário da empresa, identificado como a pessoa que repassou informações internas, a 116 anos de pena. As informações foram divulgadas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.
A sentença manteve os réus presos e confirmou a prisão preventiva do foragido, um empresário do município de Viradouro.
Os cerca de R$ 200 mil apreendidos com investigados foram restituídos à empresa durante o processo. Veículos blindados utilizados no assalto, abandonados em cidade vizinha e que haviam sido furtados, roubados ou financiados em nomes de laranjas, foram devolvidos aos proprietários.
Lembre o caso
O assalto aconteceu na madrugada de 5 de julho de 2016, quando um bando fortemente armado bloqueou com veículos as ruas de acesso à empresa, no bairro Campos Elíseos, e explodiu um transformador para deixar a região às escuras.
Em seguida, o grupo atacou com tiros e explosivos a Prosegur, conseguindo roubar R$ 51,2 milhões. Na fuga, houve intenso tiroteio com a polícia. Durante 40 minutos, mais de 1 mil tiros foram disparados.
Um morador de rua de 38 anos foi tomado como escudo e morreu queimado após ser lançado contra um carro em chamas. Já na Rodovia Anhanguera, um policial militar foi morto com um tiro na cabeça. Ao todo, 15 veículos foram usados no ataque. A polícia encontrou três carros queimados e outros sete abandonados em um canavial.
Na época, dois suspeitos foram presos em Caldas Novas, em Goiás, com R$ 160 mil, e dois em Ribeirão Preto, um deles com R$ 34 mil e armas. Também foram presos dois suspeitos em São Paulo e outro em Atibaia. O criminoso que seria líder da quadrilha está foragido e é processado à revelia.