Bancos abrem as portas após 31 dias de greve
Após 31 dias de greve, bancários de Marília e região votaram em assembleia na noite de quinta-feira (6) pelo fim da paralisação. Nesta sexta-feira (6), as agências do município amanheceram abarrotadas de clientes.
A reportagem do Marília Notícia flagrou funcionários ainda limpando os vidros onde estavam colados os cartazes de greve.
“Eu estava com dificuldades para resolver problemas burocráticos da conta da minha empresa. Finalmente vou resolver”, afirmou o comerciante João Paulo Oliveira, de 43 anos.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Marília – que representa funcionários de 18 cidades da região, Geofredo Borges da Rocha, avalia que o movimento grevista saiu vitorioso, apesar de não ter alcançado todas as exigências iniciais.
Foram dez rodadas de negociação até que foi aceita pela maioria dos bancários em assembleia, a terceira oferta apresentada pela Fenaban (Federação Nacional do Bancos).
Ficou acertado 8% de reajuste em 2016 e abono de R$ 3.500. O acordo inclui aumento de 10% no vale refeição e no auxílio-creche-babá e 15% no vale alimentação (vale refeição e alimentação são coisas diferentes).
“Também já está feito um acordo para os próximos dois anos onde serão dadas a reposição da inflação mais 1% de aumento real”, disse Rocha.
A greve dos bancários foi a mais longa desde 2004. “A adesão foi muito grande, podemos colocar 80% de adesão. Agências do Centro de Marília, Garça e Ourinhos, todas fechadas independente de banco. Os bancos privados trabalharam com 20% das agências e ainda em estado precário”, diz o sindicalista.
Em Marília são 40 agências e cerca de 400 funcionários.