Aviação reage em Marília, mas tombo com pandemia é de 45%
O movimento de passageiros no Aeroporto Frank Miloye Milenkovich, em Marília, apresentou crescimento nos dois primeiros meses de 2022, sobre igual período do ano passado. O aumento de 4,38% nem longe recupera as perdas após a pandemia. Na comparação com 2020 – antes da crise sanitária – o tombo ainda é de 45%.
Embora modesto, a alta ocorre mesmo com o momento econômico desfavorável. A disposição dos marilienses para viagens de avião começou a se recuperar no segundo semestre do ano passado e só não está maior, segundo fontes do setor, devido a crise econômica.
Em janeiro e fevereiro deste ano, conforme dados da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), foram 5.144 embarques e desembarques registrados na cidade. No mesmo período de 2020, o aeródromo havia registrado 4.928 passageiros. Em 2020 – antes da chegada do coronavírus ao Brasil – foram 9.756 viagens em dois meses, com duas companhias em operação.
Sinônimo de férias, o início do ano não tem sido generoso com a aviação. Tanto neste ano quando em 2021, o primeiro bimestre foi impactado pelo aumento de casos de Covid-19, o que fez muita gente adiar viagens. Primeiro foi a escalada da doença em uma época em que a vacinação mal havia começado. Já nesse ano, os primeiros 60 dias foram marcados pela forte propagação da variante ômicron.
PERDAS
No pior ano da história da aviação comercial, em 2020, Marília somou 25.325 viajantes chegando ou saindo da cidade de avião. Em abril, maio e junho daquele ano a aviação comercial parou suas operações no município. A retomada só aconteceu em julho.
Já em 2021, com a vacinação, o cenário foi menos drástico para o setor. O ano terminou com 40.207 embarques ou desembarques no Aeroporto Frank Miloye Milenkovich. Somente a Azul Linhas Aéreas operou.
A recuperação não foi suficiente para a volta da Passaredo – atualmente Voe Pass – que transportou passageiros entre Marília e São Paulo (aeroporto de Congonhas) em dois voos diários, entre outubro de 2019 e março de 2021. Naquele início de ano, a cidade tinha média de 4,8 mil passageiros por mês, atendidos pelas duas empresas.