Autores de homicídio na Vila Barros se entregam
A comerciante Lucimara Verga dos Santos, de 39 anos, e o marceneiro Paulo de Tarso Santarelli, de 54 anos, se entregaram nesta quinta-feira (27) à Polícia Civil de Marília.
Lucimara e Paulo são acusados de matar José Geraldo Pereira da Silva, de 35 anos, mais conhecido como “Pezão”, em crime cometido no começo de setembro deste ano. Eles estavam com as prisões temporárias já decretadas.
O casal prestou depoimento na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Marília e confessou o crime. Lucimara confirmou a versão divulgada anteriormente pela polícia e alegou legítima defesa.
Já Paulo disse que não matou José Geraldo, mas participou do transporte do corpo.
A DIG ainda investiga se houve realmente um “tribunal do crime”. Os policiais apreenderam este mês a possível arma utilizada no homicídio e esperam o resultado de perícia para confirmação.
O CRIME
“Pezão” foi localizado morto no dia 5 de setembro, em um terreno baldio na Rua Plínio de Queiroz, zona norte da cidade. Ele foi assassinado a tiros e ainda espancado com pauladas na favela da Vila Barros.
Segundo a polícia, apurou-se que uma mulher e um senhor, este com o braço engessado, teriam colocado o corpo da vítima em um veículo Gol prata e “desovado” o corpo do homem no terreno.
Durante as investigações, a polícia descobriu que, na véspera do crime, “Pezão” teria furtado algumas peças de roupas de uma lojinha que Lucimara possuía em sua casa, na Rua Luiz Laraia, tendo ela descoberto a autoria do crime..
“Na data dos fatos, Lucimara e seu amásio se encontravam no veículo Gol, por ela conduzido, quando na junção das Ruas Delfim Moreira e Ribeirão Preto, localizaram ‘Pezão’, sendo ele ali atingido por disparos por ela realizados. Há informes, ainda não confirmados, de que antes de ser morto, ‘Pezão’ eventualmente teria sido submetido a um ‘tribunal do crime’”, explicou o delegado Valdir Tramontini.
Após ter sido baleada, a vítima foi colocada no porta malas do carro e retirada do local por Lucimara e Paulo.
O veículo utilizado no transporte de “Pezão” foi apreendido defronte a casa de um familiar de Paulo, sendo que exames periciais com emprego de luminol, indicaram possível presença de sangue no automóvel.