Audiência termina sem acordo e tensão segue
Após audiência on-line realizada na tarde desta quinta-feira (31), com mediação do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), o Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais de Marília (Sindimmar) e a Prefeitura divulgaram versões divergentes acerca do movimento grevista.
O risco de multa à entidade sindical e anotação de falta aos servidores que aderirem à paralisação nesta sexta-feira (1º) estão mantidos, segundo a administração municipal.
Alerta soou depois que a entidade, por meio de um vídeo da presidente Vanilda Gonçalves de Lima, gravado no final da tarde, chamou os servidores para a rua no início da manhã desta sexta, alegando que os efeitos da liminar teriam sido suspensos – após a audiência.
Na gravação, a representante diz ainda que a categoria vai cumprir os 30% de obrigatoriedade de permanência dos servidores da Saúde nos postos de trabalho e os 50% da Educação.
Vale lembrar que um dos pontos que a Prefeitura utilizou como base na ação judicial foi o prejuízo praticamente completo das atividades nas escolas, nos dias 22 e 29 de março, quando ocorreram as paralisações.
Além de mencionar supostos mínimos legais para greve, o Sindimmar citou ainda – no vídeo distribuído – que a audiência com o TJ-SP teria sido positiva pela definição de uma agenda com o prefeito Daniel Alonso (PSDB) marcada para às 17h desta sexta-feira (1º), a fim de discutir nova proposta. A categoria cobra 23% de reajuste salarial.
INDUZIR A ERRO
Por outro lado, a administração municipal alega ao Marília Notícia que a audiência de conciliação sequer colocou em discussão a liminar que proíbe a greve. A tutela antecipada será discutida pelo plenário da Corte – podendo ser mantida ou revogada – somente na próxima semana.
A Prefeitura garante, portanto, que os efeitos da decisão liminar que estabelece multa de R$ 10 mil por dia ao Sindimmar e anotação de falta – com desconto nos salários dos servidores – serão utilizados, caso haja interrupção dos serviços. “Estão tentando induzir os servidores a erro”, aponta fonte da administração ao MN.