Artigo: A contratação de funcionários para o Natal
Por Ivan Hussni
O resultado do faturamento das micro e pequenas empresas paulistas do comércio não tem sido muito animador. De janeiro a julho deste ano houve queda de 3,8% na comparação com o mesmo período de 2013, segundo pesquisa do Sebrae-SP. Diante dessa situação, o Natal, tradicionalmente a melhor época do ano para o setor, ganha importância ainda maior para tentar recuperar o terreno perdido. No entanto, quem quiser aproveitar ao máximo a oportunidade de elevar as vendas com a data terá de fazer um bom planejamento, o que inclui montagem da equipe, em grande parte dos casos, reforçada com funcionários temporários.
É estratégico que o processo de seleção do pessoal comece agora. Assim, haverá tempo suficiente para fazer uma boa escolha ou a concorrência levará vantagem no recrutamento de mão de obra mais qualificada. Além disso, dará condições de, sem atropelos, treinar os novatos e integrá-los ao grupo. Permitirá ainda contar com eles para assumirem suas funções a partir de novembro, quando muitos consumidores recebem a primeira parcela do 13º salário e vão às compras. Deixar para a última hora só vai tornar precário todo esse procedimento.
Além desses cuidados, é preciso estar atento à legislação. Pela lei, a contratação de temporários deve ser feita por meio de uma agência especializada. É necessário certificar-se de que a intermediadora está regularizada no Ministério do Trabalho e que o funcionário tem registro no regime da CLT; ou o contratante responderá solidariamente por problemas trabalhistas.
Também é importante vincular o pagamento à agência à apresentação de nota fiscal de serviços, recibo de quitação de salário e benefícios e comprovação de recolhimento de FGTS e INSS.
Desde 1º de julho está em vigor a extensão do prazo de contratação de empregados temporários. A medida permite o recrutamento do profissional por três meses podendo haver mais duas prorrogações até o limite de nove meses. Antes, era liberado para três meses apenas com um acréscimo de mais três.
Ivan Hussni, diretor técnico do Sebrae-SP