Arrecadação da Zona Azul em Marília permanece em segredo
Ao contrário do que foi prometido pela Rizzo Parking, empresa responsável pela gestação da Zona Azul em Marília, no dia de sua apresentação à imprensa local, o valor arrecadado com o estacionamento rotativo no município não está sendo divulgado em tempo real.
A garantia de transparência foi dada em entrevista coletiva realizada no dia 17 de junho, mas até agora não se tornou realidade. No começo de outubro, a ausência das informações em formato aberto ao público foi denunciada pelo Marília Notícia.
Quase dois meses depois, o problema persiste e a assessoria de imprensa da Rizzo Parking garante que já fez a sua parte. “Nós fornecemos os acessos desde o início da operação para Prefeitura, Emdurb e Ministério Público”, afirma a empresa.
Após novos questionamentos da reportagem, nos últimos dias, o presidente da Empresa Municipal de Mobilidade Urbana (Emdurb), Valdeci Fogaça, diz que atualmente não há nenhum impeditivo para que os valores sejam divulgados ao público.
De acordo com o gestor da empresa mista, as informações constarão nos sites oficiais do Poder Público municipal nos próximos dias. Entretanto, não foi informado um prazo para que isso seja concretizado.
Apesar da falta de transparência, o MN obteve dados sobre os primeiros 45 dias de operação da Zona Azul em Marília.
Entre 15 de agosto – quando a cobrança passou a valer, conforme o cronograma oficial – até o dia 30 de setembro, o estacionamento rotativo arrecadou R$ 3.357 por dia ou um total de R$ 154,4 mil.
Deste valor, 10% vai para a Emdurb e o restante fica com a Rizzo Parking. A empresa pagou outorga no valor de R$ 1,3 milhão para ter o direito de explorar o serviço. O tempo de contrato é de 15 anos.