Após 24 anos separados, homem tenta reencontrar pai em Marília
São 24 anos de separação entre pai e filho, mas o dançarino Daniel Zbinden, de 28 anos, ainda não perdeu as esperanças de reencontrar o seu pai biológico.
Esta incrível história começou no ano de 1991 na cidade São Carlos, interior de São Paulo, quando o garoto brasileiro Daniel Atanásio (nome de batismo do dançarino), de apenas 4 anos de idade na época, foi adotado por um casal de suíços e se mudou para o país europeu. Ele viveu, cresceu e foi educado na Suíça. Atualmente Zbinden é proprietário de uma escola de dança, se casou com uma mulher suíça e tem um filhinho de 1 ano.
Daniel na verdade nasceu na cidade baiana de Ubiraçaba (cerca de 580 quilômetros de Salvador). Lá ele foi abusado pela mãe biológica, que o feria com fogo, entre outras atrocidades cometidas. “Eu conheci minha mãe, mas ela me tratava muito mal e era uma mentirosa”, contou o brasileiro/suiço.
Diante da situação, o pai de Daniel, Raimundo Atanásio (hoje com 61 anos), fugiu com a criança para Ilhabela, litoral paulista. A partir deste momento a história fica obscura e não existem muitos detalhes.
Raimundo teria arrumado emprego em outra cidade e deixou o filho com um casal que conheceu em Ilhabela. Daniel foi dado como abandonado e foi parar em São Carlos pelas mãos desse suposto casal, que entregou a criança para a Justiça. Em apenas 30 dias o garoto foi adotado pelos suíços (com os quais tem um ótimo relacionamento) e partiu para a Europa. Desde então, nunca mais viu ou teve notícias de seu pai.
Segundo Daniel, já adulto, ele resolveu ir atrás de seu Raimundo. “Faz 10 anos que procuro meu pai. Acho que ele trabalha na construção civil, mas não tenho certeza. Eu consegui recentemente um suposto endereço dele no cadastro da Polícia Federal no Rio de Janeiro”, contou o dançarino em inglês, já que fala somente esta língua e o alemão (o português foi esquecido).
E é nessa fase da história que Marília aparece. O suposto endereço é a rua Rua Amadeu Tosin, numeral 54, no Jardim Marajó, zona sul da cidade.
O brasileiro/suiço já conseguiu que alguém verificasse o local, mas o número 54 não existe e provavelmente uma casa foi demolida por ali. “Eu acho que ele mora em Marília ainda, por isso peço a ajuda de todos”, disse Daniel em tom de súplica.
Zbinden é auxiliado na comunicação pela secretária brasileira Daniela, que também mora na Suíça. “Estou tentando ajudar, mas aqui de longe é muito mais difícil para nós”, conta Daniela, que conheceu o brasileiro através da amizade com a esposa dele.
COMO AJUDAR
Você leitor conhece algum Raimundo Atanásio que morava ou mora ainda no Jardim Marajó? Qualquer informação é válida! Entre em contato através de nosso email ([email protected]), Whatsapp ( 14 9 9670 9720) ou fanpage no Facebook (www.facebook.com/marilianoticia). Compartilhe esta notícia!