Apesar de disponibilizar mais vagas, Câmara deve ter disputa acirrada
Além do novo prefeito e vice para a próxima gestão municipal (2025-2029), o eleitor mariliense também vai escolher nas urnas de outubro a nova composição da Câmara para a 21ª legislatura.
Por decisão do próprio legislativo, serão eleitos 17 vereadores – quatro a mais em relação à atual composição de plenário, em vigor desde 2005. A mais recorrente foi de 21 vereadores, em sete legislaturas.
Em 2020, os candidatos à Câmara Municipal receberam 107.234 votos válidos. A quantidade é referencial para definição do quociente eleitoral que serve como “régua” para definir quem são os eleitos, suplentes e não eleitos.
O cálculo é simples: divisão de votos válidos pelo número de cadeiras disponíveis. Nas últimas eleições municipais, o quociente oficial foi de 8.249 votos. Cinco partidos superaram a contagem mínima e garantiram cadeiras diretamente.
PSDB (14.571 votos), Podemos (14.218), PP (12.596), PSB (10.930) e PL (10.648) passaram o quociente. O PSD (8.646) também, mas não o suficiente para ter duas cadeiras pela aritmética eleitoral. PSL (atual União Brasil, 5.870) e Republicanos (5.842) garantiram os dois últimos assentos.
NOVAS REGRAS
Em 2020, 330 candidatos disputaram as 13 cadeiras da Câmara Municipal por 20 partidos diferentes. Média de 25,38 postulantes por vaga. Neste ano, a disputa promete ser ainda mais acirrada, apesar do aumento no número de vagas.
O principal motivo é mudança da regra eleitoral que, entre outras novidades, não permite mais a coligação de partidos para disputa ao Legislativo, como ainda pode ocorrer nas chapas para o Executivo.
A única exceção são as federações partidárias, em que as legendas que as integram podem ajudar entre si nas campanhas. São os casos do PSDB/Cidadania, do PT/PV/PC do B e do Psol/Rede.
Além de dependerem de si e da própria legenda, inclusive para recursos de campanha, pessoal e de fundo partidário, os candidatos precisarão cumprir uma cota mínima de votos para terem direito a uma cadeira na Câmara Municipal.
Aqueles concorrentes ao Legislativo cujos partidos atingirem 100% ou mais do quociente eleitoral deverão ter ao menos 10% dos votos válidos da própria legenda. No caso de 80%, 20% respectivamente.
Antes compostas por até 20 nomes, as chapas partidárias ao Legislativo só poderão ter 18 – o número de cadeiras em disputa, mais uma. E um terço das candidaturas deve ser reservada às mulheres.
Em 2020, das 330 candidaturas ao Legislativo, 225 foram de homens e 105 de mulheres. Pela primeira vez, a disputa ao Executivo contou com candidaturas femininas – três a prefeita e uma a vice.
REELEIÇÃO
Dos atuais 13 vereadores, 11 buscarão a reeleição em outubro. As únicas exceções são o presidente da Câmara, Eduardo Nascimento (Republicanos) e o líder do prefeito, Junior Moraes (PP), pré-candidatos às Prefeituras de Marília e Alvinlândia, respectivamente.
Em 2020, dez dos 13 concorreram a novos mandatos. A maioria (seis) foi reeleita: Danilo Bigeschi (PSB, hoje PSDB), Evandro Galete (PSDB, hoje PSB), Luiz Eduardo Nardi (Podemos, hoje Cidadania), Marcos Custódio (Podemos, hoje PSDB), Marcos Rezende (PSD) e Daniela D’Ávila (PL).
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