Amante é condenado por morte e ocultação de cadáver; Justiça aponta mulher como cúmplice

O Tribunal do Júri de Getulina condenou a cumprir 26 anos de prisão um homem acusado de matar e ocultar o corpo de um lavrador, marido de uma mulher com quem mantinha um relacionamento extraconjugal. O assassinato aconteceu em março do ano passado em Guaimbê.
A sentença foi assinada na quinta-feira (20) e publicada nesta segunda (24) no Diário Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP).
O júri considerou Luiz Henrique Bezerra da Silva, de 30 anos, culpado pelos dois crimes, com as qualificadoras de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. O fato do homicídio ter sido praticado na presença dos filhos da vítima também agravou a pena.
Adriano Silva Barreto, de 27 anos, foi morto por atropelamento e teve a cabeça golpeada por um pedaço de pau. Ele foi enterrado em uma cova rasa, conforme a denúncia.
CRIMES
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) aponta que Luiz Henrique tramou e executou o crime de forma premeditada e teve a ajuda de Aline Lilian Guedes – esposa da vítima.
Adriano foi atropelado pelo menos seis vezes e golpeado com pauladas até a morte. Aline teria atraído a vítima para uma emboscada, para uma caminhada perto de casa.
O MP denunciou os envolvidos por um motivo torpe, já que Aline e Luiz Henrique desejavam eliminar Adriano, que supostamente seria um obstáculo ao relacionamento extraconjugal dos dois. Além disso, a ação foi considerada extremamente cruel, com a vítima sendo morta de forma agonizante.
Após o homicídio, no dia seguinte, Luiz Henrique, Aline e outras duas pessoas teriam ocultado o corpo de Adriano para dificultar a elucidação do crime. Ele foi enterrado na casa onde vivia o acusado e seu pai.
As investigações, no entanto, não conseguiram apontar a participação dos outros envolvidos na ocultação. Dois homens foram denunciados pelo MP e mais tarde impronunciados, ou seja, absolvidos por falta de provas.
Luiz Henrique segue preso desde a época do crime e não poderá recorrer em liberdade. Aline Guedes também será julgada pelo Tribunal do Júri, mas em processo separado.
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