Alunos e familiares marcam protesto contra transferências em Nóbrega
Familiares e alunos da escola Maria Izabel Sampaio Vidal, localizada no distrito de Padre Nóbrega, zona Norte de Marília, preparam uma manifestação em frente da unidade de ensino nesta quinta-feira (2). A previsão é de que o ato seja iniciado às 8h.
Ao contrário do que havia sido prometido, inúmeros alunos da escola Maria Izabel Sampaio Vidal, localizada no distrito de Padre Nóbrega, zona Norte de Marília, foram transferidos para outras unidades de ensino nos últimos dias em um processo de municipalização da escola, que é estadual.
Existe a informação de que as transferências estariam sendo revertidas após articulação dos pais de alunos afetados. No entanto, a situação é de confusão nas informações e total falta de clareza, o que gera insegurança e revolta nos envolvidos.
A polêmica se arrasta há alguns meses. Em agosto alunos e familiares da unidade de ensino já fizeram um protesto contra a municipalização da escola estadual.
Na ocasião o Marília Notícia alertou que, com a mudança, não haveria mais espaço para alunos entre o sexto e o nono ano, ou seja, matriculados no segundo ciclo do ensino fundamental e no ensino médio.
Na época, a informação apurada foi de que mais de 300 crianças e adolescentes seriam prejudicados com a mudança.
A questão é que o município só oferece aulas até o quinto ano do ensino fundamental. Na rede pública, a partir daí é o Estado que assume e aquela é a única escola estadual no distrito.
Reclamações
Segundo relatos ouvidos pela equipe do site nesta segunda-feira (30), pais de alunos ficaram sabendo de última hora que seus filhos estudarão em outras escolas a partir do ano que vem.
“Ninguém nos avisou”, fala uma mãe. Em reunião na semana passada, de acordo com ela, docentes garantiram que não haveria transferência de alunos.
“Uma outra mãe descobriu por acaso que a filha dela não estava mais matriculada aqui. Fui ver e meu filho também está na mesma situação”, reclama.
De acordo com ela, em Nóbrega estudam também alunos de outros distritos, que já precisam acordar 5h para chegar na sala de aula às 7h. “Mesmo tendo transporte, eles vão ter que acordar muito mais cedo”, diz.
Em agosto a Prefeitura disse ao site que as secretarias Estadual e Municipal estavam “fazendo todos os estudos de demandas para que aconteça o processo de municipalização visando o melhor atendimento para as crianças”.
“Vale destacar que todos os alunos serão devidamente atendidos”, disse nota enviada pelo município na ocasião.
Naquela época por telefone a assessoria de imprensa do Estado disse ao site que ainda não está confirmada a municipalização. O que existia, naquele momento, seriam apenas planos e estudos. “Não quer dizer que haverá a mudança”, informaram servidores da pasta.
Outro lado
Agora, o MN questionou novamente o poder público sobre a situação. No entanto, até a publicação desta matéria não houve retorno das pastas municipais e estadual.