Alonso anuncia medidas para resolver coleta de lixo
Um contrato emergencial deve colocar mais quatro caminhões de lixo nas ruas de Marília nos próximos dias, de acordo com anúncio feito pelo prefeito Daniel Alonso (PSDB) na manhã desta quarta-feira (1) na garagem da Prefeitura em coletiva de imprensa.
De acordo com ele, uma licitação também está sendo preparada para a compra de até quatro outros caminhões pelo município com recursos do fundo do transporte público liberado para uso pela Câmara em audiência extraordinária.
Nos primeiros dias de governo uma força tarefa parecia normalizar a caótica situação do lixo no município, herdada da última gestão. Nas últimas semanas, porém, as queixas por toda a cidade voltaram.
Segundo Alonso, dez caminhões da administração municipal estão quebrados no momento e apenas dois rodando. Além desses, outros quatro emprestados pela Replan e mais três da empresa terceirizada Monte Azul fazem o serviço.
“Arrumamos de manhã, quebra de tarde”, fala Alonso sobre os caminhões da Prefeitura. “Tentamos fazer [a coleta] através do reforço da oficina própria, mas pelo fato de estarem sucateados não conseguimos mantê-los [os caminhões] em situação de trabalho”, disse o prefeito.
O secretário do Meio Ambiente, Ricardo Mustafá, pediu que a população tenha um pouco mais de paciência e afirmou que o contrato emergencial – que ele não soube dizer o valor – deveria aliviar a situação.
Ele disse ainda que em breve a Prefeitura terá outros caminhões na coleta, que deverão dar conta de toda a cidade. “Além da licitação de novos caminhões, vamos usar o dinheiro que foi liberado para arrumar cinco dos dez caminhões quebrados. Mas é arrumar, não fazer gambiarra”, falou.
O secretário destacou que as partes da cidade que estão com a coleta normalizada integram as regiões cobertas pela Monte Azul, que estaria trabalhando normalmente.
A Secretária da Fazenda declarou recentemente ao Marília Notícia que o fundo possuía saldo acumulado de anos anteriores do repasse das empresas do Transporte Público de aproximadamente de R$1,2 milhão.
Antes da autorização expressa em lei pelos vereadores, essa arrecadação deveria ser usada para concessão de passes de ônibus do transporte público para pessoas necessitadas. Mas, não estava sendo utilizado porque a Prefeitura possui outros projetos sociais de assistência.
Transbordo
Antes da coletiva de imprensa Alonso e Mustafá estiveram na área do transbordo na estrada de Avencas junto com funcionários da Cetesb. O local se tornou um lixão a céu aberto e vinha fazendo com que a cidade tomasse multas.
O Marília Notícia denunciou a situação irregular inúmeras vezes durante a reta final do governo Vinícius Camarinha (PSB) e a explicação era de que a empresa Monte Azul havia deixado de levar o lixo da área que deveria ser provisória para aterros sanitários em outras cidades – Marília não tem – por conta de dívidas com a Prefeitura [leia aqui].
Durante a coletiva de imprensa nesta manhã, Alonso disse que a transferência do lixo já foi retomada com o início do pagamento do parcelamento da dívida.