Bando de motoqueiros assusta moradores no fim de semana do Natal
Marcado por baderna em Marília, o fim de semana do Natal foi, além de tudo, assustador para centenas de marilienses. São inúmeros os relatos de moradores indignados, de todos os cantos da cidade, que narraram medo nas madrugadas barulhentas promovidas por um bando de motoqueiros que percorreu a cidade.
A algazarra dos baderneiros teve início na madrugada de sexta-feira (22). Relatos dão conta que seriam mais de cem motoqueiros fazendo arruaça com os famosos “tiros” feitos com escapamento das motos. Eles ainda empinavam os veículos com passageiros na garupa, aceleravam, gritavam e andavam pela cidade com as placas cobertas, sem capacete e em alta velocidade. O ato indignou a população.
As badernas promovidas durante as madrugadas duraram até o dia 25 [segunda-feira], quando às 2h10, resultaram na morte da jovem Maria Eduarda Nunes, de apenas 19 anos. Segundo as informações apuradas pela Polícia Militar Rodoviária (PMR), a vítima estaria na garupa de uma das motos que faziam parte do bando.
RELATOS
Na notícia da morte, diversos foram os relatos nas redes sociais. Os depoimentos dos moradores apontam que o grupo percorreu todas as regiões da cidade. Muitos cobraram a ação da polícia para coibir a prática.
“Talvez se a polícia tivesse agindo, muita coisa não teria acontecido, como animais apavorados, idosos e crianças sendo incomodados. Gente, foi um barulho horrível aqui no meu bairro e não acabava, pensei que a polícia ia fazer alguma coisa, mas nada. Só acabou a hora que eles quiseram”, relatou uma internauta.
“Que triste!! Uma tragédia anunciada, esse grupo de motoqueiros passou pelo centro da cidade fazendo muita bagunça, só podia acabar nisso, infelizmente”, disse outra pessoa.
“Ontem por pouco não chamei a polícia. Estava um verdadeiro inferno na avenida João Martins Coelho [zona norte]”, comentou uma terceira.
“Vi um com a placa cheia de fita preta para ninguém marcar a numeração, com duas meninas na garupa.
E tinha um bando mesmo pela cidade toda”, escreveu também um morador.
“Que eles reflitam a partir de agora sobre as consequências dos atos imprudentes que cometeram, pois era pouco mais de uma hora da madrugada e passaram empinando as motos em cerca de 50 motoqueiros. Quase bateram no meu carro. E as moças nas garupas segurando apenas com uma das mãos e a outra filmando com o celular na maior gritaria. Tomara que os principais envolvidos reflitam, a partir de agora, antes de saírem em atitudes inconsequentes. Só lamento mesmo pela família”, diz um relato.
Outra moradora afirmou ter ficado cerca de cinco minutos esperando os motociclistas passarem, enquanto empinavam as motos.
“Muito triste mesmo. Mas ontem vi eles, fiquei uns cinco minutos esperando eles passarem empinando as motos. Tinham meninas sem capacetes.”
POSICIONAMENTO
Chamada de “rolezinho do grau”, a algazarra que foi praticada em Marília seria semelhante a inúmeras outras que estariam sendo realizadas em cidades do Estado de São Paulo e de Minas Gerais, como São José dos Campos e Itatiaia/MG.
Ao Marília Notícia, a Polícia Militar informa que desencadeará ações e operações de trânsito específicas de fiscalização de veículos duas rodas e de seus condutores, em toda a cidade, por meio de um serviço de policiamento inteligente, a fim de coibir tal prática.
“A Polícia Militar salienta que prima pela forma educativa de atuar, mas fiscalizará com rigor as condutas ilegais no trânsito da região de Marília, principalmente nas sobreditas reuniões para o cometimento de crimes de trânsito, conhecidas como ‘rolezinho’, buscando a obediência às normas de trânsito, a circulação viária segura e a manutenção da tranquilidade pública no fim de ano.”
Imagens recebidas pelo MN mostram o grupo em uma via da cidade. Veja abaixo:
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