AGU pede que caso dos tablets vá para Justiça Federal
A Advocacia Geral da União pediu a transferência para a Justiça Federal da ação de improbidade administrativa sobre o caso da compra de tablets supostamente superfaturados pela Secretaria de Saúde de Marília em 2016.
O processo tramita na Vara da Fazenda Pública da cidade e os autos estão conclusos para decisão com o juiz Walmir Indalêncio dos Santos.
A reportagem apurou que o promotor Oriel da Rocha Queiroz se posicionou pela manutenção da ação na esfera estadual.
O processo que conta com 10 acusados corre em segredo de Justiça. Entre os réus estão o ex-prefeito Vinicius Camarinha (PSB), os ex-secretários municipais Hélio Benetti e Danilo Bigeschi, hoje vereador do PSB, além de representantes das empresas envolvidas no certame.
Para fundamentar seu pedido, a AGU argumenta que a origem dos recursos para a compra dos tablets é um fundo federal sob supervisão do Ministério da Saúde.
Atualmente duas ações cautelares já tramitam na Justiça Federal, onde também corre um inquérito policial, tudo envolvendo o mesmo caso
Em março do ano passado a Polícia Federal desencadeou a Operação Reboot com mandados de apreensão cumpridos em Marília.
A investigação envolve supostas práticas de fraude licitação, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.
De acordo com a promotoria, os envolvidos permitiram a compra dos tablets “a preço estratosfericamente superior ao valor de mercado”.
O certame resultou na compra de 450 tablets, ao valor unitário de R$ 2.405 e total de R$ 1.082.250, com recursos do Ministério da Saúde.
Ainda em 2016, em outro procedimento licitatório, a Secretaria Municipal de Educação adquiriu outros 500 tablets praticamente idênticos aos do procedimento investigado, mas pelo valor unitário de R$ 1.172.