Advogado paga indenização à ex-comandante da PM
O advogado Marcos Manteiga divulgou que depositou na Justiça quase R$ 13 mil para pagamento de indenização da coronel de reserva Márcia Cristina Cristal Gomes.
Manteiga representou o policial militar Alan Ferreira no caso conhecido como “escândalo da carteirada”. A indenização paga pelo advogado foi a única punição em todo o processo. A Câmara de Marília rejeitou Comissão Processante contra a vereadora Daniela D’Ávila Alves (PL) e os processos disciplinares contra o policial também acabaram extintos.
O advogado afirma, em vídeo publicado nas redes sociais, que fez o depósito na sexta-feira (1º). Manteiga também diz que está proibido pela Justiça de dizer o nome da tenente-coronel.
“Ela ganhou uma indenização de R$ 10 mil. Bastante dinheiro né? Hoje fiz o depósito, que deu quase R$ 13 mil, olha que número da sorte. Desejo toda boa sorte do mundo a essa pessoa. Que essa pessoa saia pelas ruas de Marília, saudando a todos, dando tchauzinho, pela benfeitoria que fez. Enaltecer o nome da cidade, pelo escândalo provocado. Não posso falar o nome dela, a Justiça me proibiu de falar o nome dela, mas o povo da cidade de Marília sabe o que aconteceu”, diz Manteiga.
O defensor mostra no vídeo o comprovante do depósito com valor total de R$ 12.908,50.
ENTENDA
Na madrugada do dia 16 de agosto de 2020, Alan Ferreira abordou um carro dirigido pela filha da vereadora Daniela D’Ávila Alves. O veículo acabou apreendido por estar com o licenciamento vencido e supostamente os pneus fora das condições de segurança.
Durante a apreensão, Alan recebeu um telefonema da ex-comandante do batalhão, a então tenente-coronel Márcia Cristina Cristal Gomes, com orientação para liberar o veículo. O telefonema foi gravado e o áudio divulgado nas redes sociais.
A repercussão do caso provocou o inquérito na PM, uma denúncia com pedido de cassação da vereadora e denúncias contra a oficial. A Câmara rejeitou a cassação, a parlamentar foi reeleita e Cristal foi transferida para Bauru. Em abril do ano passado foi aposentada e promovida a coronel.
O sargento Alan, que na época da apreensão foi afastado do trânsito e enviado para um curso – em que foi premiado em São Paulo –, acabou reintegrado à corporação em Marília e teve os dois processos exoneratórios extintos.