Advogada vence obstáculos para realizar sonho da maternidade
Muitas são as mulheres que compartilham o sonho de ser mãe. A advogada Aline Aparecida Caivano Borguetti Catelli, de 36 anos, desfruta da grande certeza da vontade de ter filhos desde o início do namoro com seu marido, Rafael Catelli, de 37 anos.
Após um longo caminho, o casal chegou até o tratamento de fertilização in vitro, o que possibilitou a concretização do amor que já existia dentro deles.
Logo após o casamento, Aline e Rafael resolveram que começariam a planejar a gestação, que, apesar das tentativas, acabou não acontecendo.
Depois de um ano de exames, os médicos começaram a falar em infertilidade sem causa conhecida. “Foi como se tivessem aberto um buraco na nossa frente já que, sem o diagnóstico, tudo ficava mais distante. A cada mês, o sonho da maternidade ia por água abaixo”, narra Aline.
“Se existia uma certeza absoluta dentro do meu coração era a de que eu queria ser mãe. Nunca teve a ver com o que ‘a sociedade espera de mim’, mas sim com o meu íntimo, o que de mais genuíno existe no meu coração: a minha família”, diz a advogada. Foi então que o casal resolveu, após sete anos de um “turbilhão de emoções”, procurar uma clínica especializada em fertilização in vitro.
“Dizem que só com a chegada de um filho a gente conhece o amor verdadeiro, mas ouso discordar: eu já conhecia o amor verdadeiro, vindo dessas pessoas incríveis que convivem comigo, e foi por ter esse amor verdadeiro no meu entorno, que tive força e coragem pra seguir a jornada que me levaria até esse imensurável e incomparável amor que é um filho”, conta Aline que, em meio a incontáveis crises de choro e de ansiedade, pôde contar com o apoio do marido, da família e de amigos.
Diante de uma enorme expectativa, o resultado negativo do teste realizado dez dias após a primeira transferência de embriões trouxe de volta o sentimento de luto. A dura decisão de não tentar novamente foi tomada na mesma época. Alguns meses depois, porém, Aline sentiu que havia recebido uma mensagem divina durante uma missa que participava. Mulher de muita fé, pediu a Deus que lhe fosse mostrado o melhor caminho.
“Tive alguns sonhos, um em específico que continha um letreiro escrito entre as nuvens: ‘O céu se abriu! Estou chegando, mamãe!’ Quando acordei, senti muito forte no meu coração que era hora de tentar de novo”, conta a advogada. Após reiniciado o tratamento, dessa vez, o resultado foi positivo. Muito emocionada, Aline lembra da chegada de Davi, seu primeiro filho.
“A nossa gestação foi absolutamente tranquila, sem intercorrências, e, ainda assim, nosso bebê resolveu adiantar a sua chegada no mundo. Um mês antes da data prevista, o Davi chegou no susto. Por conta da prematuridade, os seus pulmões precisaram de suporte. Nosso bebezinho tão sonhado, desejado e esperado ainda precisou ficar mais uns dias longe do nosso colo, do nosso lar”, explica.
Foram 15 dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal. Em seguida, a família finalmente foi para casa. “Quinze dias depois da internação, oito anos depois dos nossos primeiros passos nessa jornada, duas transferências de embriões, eu, finalmente, me tornei mãe”, afirma. De acordo com a advogada, seu filho significa completude, amor e uma fé inabalável.