Advogada faz 69 cirurgias, gasta R$ 100 mil e quase morre
A busca pelo corpo perfeito tem feito muitas vítimas aficionadas com plásticas e cirurgias estéticas nos últimos anos. A advogada Vânia Prisco, de 30 anos, foi mais uma dessa vítimas. Além da prótese de silicone, outro produto tem se disseminado entre as mulheres, o metacril. A substância acrílica usada por cirurgiões plásticos para dar mais firmeza ao bumbum e deixar a aparência uniforme, no entanto, é criticada por médicos devido à chance de rejeição.
Vânia diz que uma amiga que já havia feito o procedimento indicou uma médica. A cirurgia custou R$ 7,2 mil. “Quinze dias depois começou a inflamar. Meu organismo rejeitou o produto, comecei a ficar com furúnculos no bumbum e eles estouravam. Eu não pesquisei nada sobre a médica. Confiei e fiz. Voltei na clínica, ela fazia curativos e me aterrorizava, dizia que se eu fosse ao hospital iam arrancar a minha bunda.”
Semanas depois, uma inflamação a levou de volta ao hospital, onde ficou seis meses internada, fez 69 operações e gastou cerca de R$ 100 mil só em anestesias – o plano cobriu o resto.
“Com o tempo ela [médica] começou a sumir e eu fui ao Quinta D’Or [hospital particular na Zona Norte do Rio]. Chegando lá, me internaram direto e o médico disse que eu estava com infecção generalizada, que o produto estava necrosando.”
Vânia fez um registro na delegacia e descobriu que outras mulheres já haviam prestado queixa contra a mesma médica. “Ela mentiu pra mim, dizia que era médica e não era. Eu não pesquisei nada sobre ela, devia ter pedido o CRM, pesquisado e não fiz isso. Sempre gostei de cuidar do corpo, ir à academia, mas agora vejo que corpo não é tudo. Eu fiquei internada muito tempo, corri risco de morrer. As pessoas achavam que eu ia morrer”, lamenta.
Via: G1