Adolescente que matou o pai segue com escolta no Hospital das Clínicas
A adolescente de 17 anos apontada como autora da morte do próprio pai – o dentista Aloísio Tassara, de 51 anos – durante um suposto surto na madrugada desta sexta-feira (23), segue no Hospital das Clínicas de Marília com escolta policial.
Por envolver menor de idade, o caso é tratado com total sigilo, tanto pela Polícia Civil, quanto pelo hospital.
Mas a reportagem do Marília Notícia apurou que uma decisão judicial impede a remoção dela da unidade de saúde.
A equipe do site também apurou que durante o velório de Tassara, na tarde desta sexta-feira, uma equipe da Polícia Civil esteve no local, pouco antes do sepultamento, para coleta de material genético do corpo.
A medida seria preventiva, para auxiliar o trabalho de investigação, e teria contado com o aval da família, já que uma eventual exumação seria muito mais burocrática – e dolorosa, no aspecto sentimental, para os parentes.
Entenda
Segundo as informações obtidas pelo MN, a adolescente teria problemas psiquiátricos e durante um surto na madrugada, pegou uma faca e desferiu um golpe no peito do próprio pai, que estava tentando contê-la.
O Samu foi acionado, mas ao chegar ao endereço nada pôde fazer, constatando apenas o óbito. Ao lado do corpo estava a faca usada pela adolescente.
O MN apurou que a primeira equipe da Polícia Militar a chegar no local, encontrou a esposa da vítima desesperada, gritando por socorro e pedindo aos policiais que salvassem seu marido.
A garota foi encontrada pelos militares no telhado da vizinha, agarrada na chaminé, com outra faca na mão. Após muita conversa, os policiais teriam conseguido fazer com que ela descesse do local.
Ainda de acordo com o apurado pela reportagem, a jovem estava mentalmente desequilibrada e foi levada sedada até o Hospital das Clínicas, onde passou por atendimento médico e não tem previsão de alta.
A perícia foi acionada, sendo que apreenderam a faca encontrada ao lado do corpo com sangue e localizaram também no bolso da vítima a quantia de R$ 2.154,85 e na cueca R$ 16.550,00.
A ocorrência foi apresentada na Central de Polícia Judiciária (CPJ) e o caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.