Administração de Daniel Alonso aumenta gasto com aluguéis
Depois de ter conseguido uma redução no decorrer de 2017, a administração Daniel Alonso (PSDB) voltou em 2018 a aumentar suas despesas com aluguéis de imóveis para prestação de diversos tipos de serviços públicos.
Desde o começo do ano já houve um aumento de três prédios alugados e mais R$ 7.478,71 na conta mensal. Um acréscimo de quase R$ 90 mil por ano na conta.
Os dados mais recentes no Portal da Transparência do município são de maio, uma grave irregularidade, já que a legislação determina a divulgação de gastos públicos em tempo real.
Ao todo, o aluguel gasto atualmente pela Prefeitura com 58 prédios é de R$ 392.442,99. Com a cifra nesta marca, em 12 meses a administração gastará R$ 4,7 milhões. Em quatro anos são quase R$ 19 milhões.
Para se ter ideia, a administração gastará mais em 2018 com aluguel do que com o orçamento previsto para defesa civil (R$ 3,6 milhões) ou com vigilância sanitária (R$ 3 milhões), educação especial (R$ 1,4 milhão), cultura (R$ 4,2 milhões), agricultura (R$ 2,5 milhões), indústria (R$ 1,1 milhão), preservação ambiental (R$ 3,1 milhões), entre outras áreas.
Histórico recente
Em 2017 o governo Daniel Alonso havia conseguido baixar os gastos com aluguel por meio de cortes e renegociações que chegaram a uma redução de 131.858,61 mensais, como mostrou o Marília Notícia em janeiro deste ano.
No primeiro mês de 2018 a despesa era de R$ 384.964,28 mil com o aluguel de 55 imóveis, enquanto no fim do último ano da gestão Vinícius Camarinha (PSB), 2016, as despesas com locação de imóveis eram de R$ 516.822,89 com 61 prédios.
Apesar da redução no ano passado, o secretário da Fazenda Levi Gomes afirmou em audiência na Câmara dos Vereadores, ainda em 2017, que já estavam sendo economizados R$ 220 mil com renegociações.
Na prática, a economia com aluguéis até janeiro de 2018 foi aproximadamente R$ 88 mil menor do que a anunciada pelo secretário da Fazenda. Com o aumento dos gastos no decorrer deste ano, a redução desde o começo do atual governo foi menor ainda.
Ao mesmo tempo, o município conta com “mais de 20 prédios vagos”, de acordo com o prefeito Daniel Alonso em coletiva de imprensa recente sobre a polêmica da vinda do AME para Marília.
O Instituto de Previdência do Município de Marília (Ipremm) tem planos de levantar aproximadamente R$ 30 milhões até o fim do ano com leilões de prédios da Prefeitura para cobrir os rombos dos últimos anos e repasses previdenciários abaixo do esperado.
Esse valor – R$ 30 milhões – é equivalente ao que a Prefeitura gastaria em pouco mais de seis anos com as despesas atuais com aluguel.
Outro lado
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da administração municipal para comentar sobre os valores gastos com aluguel na última sexta-feira (10), mas não houve retorno até o fechamento desta reportagem, nesta terça-feira (14), quatro dias depois.