Acusado de homicídio violento é condenado
O Tribunal do Júri condenou o desempregado Wilian Tiago dos Santos a cumprir mais de 18 anos de prisão pela morte de Márcio Adriano de Oliveira, de 26 anos, mais conhecido como Neno. O crime ocorreu em outubro de 2016.
A vítima morreu depois de receber pauladas na cabeça e golpes de faca no peito, enquanto dormia em um colchão no estacionamento de uma loja de móveis ao lado do Terminal Urbano, no Centro de Marília.
Por maioria de votos, os jurados consideraram Wilian Tiago dos Santos culpado. Ele foi condenado a cumprir pena de 18 anos e oito meses de prisão, em regime fechado. O acusado participou do júri realizado no Fórum de Marília, que terminou antes das 16h desta quarta-feira (17).
Segundo apurado na época dos fatos, Santos teria sido denunciado pela vítima, por furto ocorrido em um comércio nas proximidades. Depois de ser levado para averiguação na CPJ, teria dito várias vezes que o denunciante “tinha que morrer.”
SITUAÇÃO DE RUA
Neno morreu em situação de rua. Segundo a família, ele era servente de pedreiro, tinha casa e família, mas começou a usar crack e rapidamente se afundou na droga.
O homem chegou a ser internado duas vezes no Hospital Espírita de Marília (HEM), mas o problema persistiu. Os familiares pediram a internação judicial, que só saiu meses após a morte.
Por não aceitar o tratamento, passou a morar na rua. Mesmo diante dessa situação, por antiga amizade com a vítima de um furto nas imediações, teria indicado quem praticou o crime numa lanchonete, o que teria provocado a fúria do acusado do delito, que decidiu matá-lo enquanto dormia.
CRIME
O crime aconteceu no dia 6 de outubro de 2016. Imagens de segurança do local mostraram atividades envolvendo a vítima até as 4h. Neno aparece interagindo com outros moradores de rua que dividiam o espaço com ele.
No entanto, o momento do crime não foi flagrado pelo sistema de câmeras, devido à falta de luz no local. Márcio Adriano levou várias facadas no peito e morreu no colchão em que dormia.
A perícia identificou seis facadas no peito. Um pedaço de pau encontrado ao lado da vítima, que estava deitada em um colchão com metade do corpo coberto, também teria sido utilizado na agressão. A cabeça do homem vários ferimentos. A Polícia Militar foi acionada por volta das 7h20, por um dos funcionários que chegava para trabalhar.